Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de dezembro de 2019
Xangai, Tianjin, Guangzhou, Wuhan, Shenyang, Ji’nan, Hangzhou e Dalian foram as oito cidades anunciadas pela Federação Chinesa de Futebol (CFA, na sigla em inglês) como sedes do Mundial de Clubes da Fifa em 2021. Vai ser a primeira edição do torneio com 24 clubes, de 17 de junho a 4 de julho, quadrienal, substituindo a versão anual de sete equipes, com os campeões de cada continente e do país-sede.
“Sediar o Mundial de Clubes será um grande impulso à reforma do futebol na China e à expansão da população do futebol. É um grande evento para o futebol chinês, os esportes e todo o país também. O CFA trabalhará em conjunto com a Fifa e as cidades-sede para apresentar um evento bem-sucedido, maravilhoso e perfeito”, afirmou um porta-voz da Federação Chinesa de Futebol, de acordo com a mídia local.
O novo Mundial de Clubes terá oito times da Europa, seis da América do Sul e as demais vagas divididas entre os outros continentes. A Fifa deixou para cada confederação continental definir os critérios de escolha de representantes no torneio. A Conmebol confirmou que o Flamengo, como campeão da Libertadores de 2019, é um dos garantidos. Depois da vitória na final da Copa Sul-Americana, o Independiente Del Valle chegou a ser parabenizado pela classificação no placar do estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai, mas não teve a presença ratificada ainda.
A CFA também anunciou 10 cidades que receberão a Copa da Ásia de 2023. São elas: Pequim, Tianjin, Xangai, Chongqing, Xi’an, Dalian, Qingdao, Xiamen e Suzhou. Será a segunda vez que a China vai receber o torneio. Em 2004, a seleção foi vice-campeã ao perder para o Japão por 3 a 1 na final.
Otimismo
Com 24 times, a esperança de Gianni Infantino, presidente da Fifa, é de que a competição será um tremendo sucesso de renda, crítica e público.
“É uma decisão grande e importante de realizar a Copa do Mundo dos Clubes 2021 com 24 times. Ela vai ser a melhor competição de clubes no mundo. O que quer que a Fifa faça tem que ser o melhor. Isso é claro. Não deveríamos nos preocupar ou envergonhar com o sucesso comercial. Eu quero que a Copa do Mundo dos Clubes seja o melhor em termos de qualidade em campo, mas também em termos de receita.”
Ainda com alguns critérios indefinidos – como a forma de definir os sul-americanos que estarão na disputa – Infantino deu um pouco mais de detalhes sobre a competição. Segundo o presidente da Fifa, a Copa do Mundo de Clubes irá começar no meio do ano, em junho, mais especificamente.
“Vai ser ao fim da temporada para os europeus e o meio da temporada para os outros que começam em janeiro. A competição será em junho, quando, tradicionalmente, temos o Mundial. Vão jogar em condições ótimas, creio. Há um interesse muito grande de fazermos a comercialização dessa competição. Tivemos, até ontem, nove ofertas muito mais interessantes do que eu imaginava. Isso mostra que há um grande interesse comercial e popular.”
Mesmo sem registro de racismo no Catar durante a realização do mundial deste ano, Infantino foi perguntado sobre punições a clubes, jogadores e pessoas racistas, já que isto tem sido considerado um problema crescente no mundo. De acordo com o presidente da Fifa, o trabalho passa pela conscientização das pessoas e também de uma punição exemplar.
“Temos que educar, falar e não esconder os problemas das sociedades em geral. Temos que falar, educar e também sancionar de maneira disciplinária. Não só as equipes e jogadores, mas também os torcedores. Se os torcedores são racistas, têm que ser banidos por toda a vida. Porque não queremos racistas. Temos que trabalhar isso e dar exemplos e demonstrar que estamos muito sérios com esse tema. Porque acredito que o racismo é uma consequência da intolerância. E no mundo, hoje, há muita intolerância, críticas e agressividade. Temos que educar, isso é o mais importante.”