“Estamos tentando acelerar a distribuição das vacinas. Esperamos começar em fevereiro no máximo de países, mas para isso precisamos da colaboração dos produtores de vacina para a aliança”, explicou Bruce Aylward, assessor sênior do diretor-geral da entidade.
Aylward disse que a OMS está trabalhando com ações extraordinárias para acelerar esse prazo para janeiro, mas explicou que as vacinas estão indo para países de alta e alta/média renda e isso não está no controle da Covax.
Na sexta-feira (8), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que países parem de fazer acordos bilaterais com os fabricantes das vacinas. “O nacionalismo da vacina prejudica a todos nós e é autodestrutivo. Nenhum país é excepcional e deve cortar a fila e vacinar toda a sua população enquanto alguns ficam sem a vacina.”
Tedros disse que o mecanismo Covax e os países estão prontos para receber a vacina. “A hora de entregar as vacinas equitativamente é agora.”
A aliança Covax vai disponibilizar ao menos 2 bilhões de doses de vacinas até o fim de 2021 e 92 países pobres deverão ter acesso a 1,3 bilhão de doses ainda no primeiro semestre. O Brasil participa da aliança, mas não está na lista dos países mais pobres.
Imunidade coletiva
Mesmo com o início da vacinação, o mundo não vai atingir a imunidade coletiva em 2021, alertou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.
“Mesmo com a proteção da vacina não atingiremos o nível de imunidade de rebanho em 2021. Se isso acontecer, será apenas em alguns países”, declarou Soumya Swaminathan.
Swaminathan pediu paciência e reforçou que os países precisam continuar com as medidas de prevenção: distanciamento social, máscara e higiene das mãos. “Medidas de saúde pública, mesmo com o início da vacinação, precisam ser seguidas”.

