Por Redação O Sul | 19 de abril de 2019
Enquanto a safra de verão é finalizada no Rio Grande do Sul, os produtores gaúchos se preparam para implantar as culturas de inverno e encaminham financiamentos para aquisição de insumos. Em regiões como Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, há perspectiva de aumento de áreas a serem cultivadas com trigo.
De acordo com a Emater/RS-Ascar, nessa sexta-feira a colheita dos grãos já abrangia quase 80% das áreas implantadas nesta safra nas culturas de soja e de milho.
No arroz, a safra está bem adiantada, chegando a 86% do total das áreas colhidas, com boa produção e produtividades que variam de 6.800 a 7.794 quilos por hectare.
Já a colheita do feijão (1ª safra) foi encerrada nos Campos de Cima da Serra, com rendimento de 2,5 toneladas por hectare, enquanto na região Sul do Estado a safra foi finalizada com produtividade de 1,2 toneladas por hectare.
A segunda safra de feijão segue em colheita, totalizando 23% da área, estando ainda 15% maduro, 35% das lavouras em enchimento de grãos, 19% em floração e 8% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Frutas
Na Serra, os produtores de caqui estão em plena colheita, tanto da variedade Kyoto quando da Fuyu, chegando a 30% do volume produzido. Os frutos apresentam boa sanidade e diâmetro. Parte considerável de frutas da Fuyu, no entanto, apresenta anomalia fisiológica que pode inviabilizar a sua comercialização.
A produtividade da presente safra, que já vinha sendo estimada abaixo da média histórica, sofreu mais um forte impacto, justamente na última fase a campo, a colheita.
O temporal ocorrido no último final de semana atingiu áreas de grande cultivo da frutífera nos municípios de Farroupilha, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, afetando 225 hectares e danificando mais de 2,1 mil toneladas de frutas praticamente prontas para colheita.
Esse volume representa quase um quarto das 10 mil toneladas de frutos que havia nos pomares. Os produtores mais conscientes e menos impactados com as perdas já realizam a coleta das frutas danificadas.
Alguns vendem para extração das sementes, destinadas à produção de mudas. Outros enterram as frutas danificadas pelo temporal, prática cultural indispensável para a redução de futuros problemas fitossanitários.
(Marcello Campos)
