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| A construção civil espera acelerar lançamentos e gerar mais de 200 mil empregos no Brasil este ano

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Com reação no setor, lançamentos na planta devem voltar no segundo semestre (Foto: Reprodução)

A expectativa de que os juros básicos cheguem a menos de 10% ao ano até o fim de 2017 animou a construção civil. Os lançamentos na planta devem voltar no segundo semestre, de acordo com incorporadoras, juntamente com os mais de 200 mil empregos perdidos em 2016. A recuperação esbarra nos estoques de imóveis prontos ou em construção. Segundo a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), há 117,7 mil imóveis à espera de comprador, o suficiente para atender à demanda por um ano e quatro meses. O estoque aceitável é de um ano. Esse é o patamar médio do setor.

A partir dos números de nove incorporadoras com ações em Bolsa, o banco JP Morgan calcula que os estoques somam 24 meses hoje, totalizando 23,4 bilhões de reais em valor de mercado dos imóveis. Os problemas se concentram nos ramos de média e alta renda – nos quais os estoques estão entre 35 e 40 meses, contra 15 meses há dois anos. No caso das companhias que atuam na baixa renda (essencialmente MRV e Direcional), eles são de 13 meses.

“Estamos com um estoque para um ano e meio a dois anos, o maior nível dos últimos cinco anos. No primeiro semestre, não vai haver lançamentos, é muito pouco provável, mas as vendas devem começar a reagir. No fim de 2016, já pararam de cair”, afirmou Fernando Miziara, diretor financeiro e de relações com investidores da Construtora Rossi.

Outro efeito da queda dos juros – que passou de 13,75% ao ano para 13%, em recente decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) – é a mudança de rota na direção dos investimentos. Com os títulos públicos rendendo menos, os investidores podem voltar os olhos à construção.

Setor tem efeito cascata
na economia.

O JP Morgan acredita que a redução da Selic (taxa básica de juros) vai estimular a emissão de produtos de securitização de crédito imobiliário, como a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), voltado para o investidor qualificado. Um maior interesse nesse mercado acabaria estimulando o crédito imobiliário como um todo.

“Sem dúvida, a queda de juros foi muito boa, e, se continuar caindo, o mercado melhora cada vez mais. Investidor volta a aplicar no setor. Eles tinham fugido”, afirma Rogério Zylbersztajn, vice-presidente da RJZ Cyrela.

O juro menor também diminui o custo de produção das construtoras, lembra Miziara.

Outro tripé para manter de pé o setor é o mercado de trabalho. A incerteza sobre o futuro do emprego inibe a compra de imóvel, que exige financiamento de longo prazo. Nesse quesito, também há luz no fim do túnel, mas somente no segundo semestre, dizem especialistas. A taxa de desemprego, que está em 11,8%, deve continuar subindo. Porém, o corte de vagas deve diminuir, e a geração de postos de trabalho deve aumentar mais para o fim do ano. O próprio setor deve contribuir. Segundo Luiz Fernando Moura, diretor da Abrainc, os 230 mil empregos extintos em 2016 devem voltar.

“A reação do setor tem efeito cascata na economia. Quase todas as indústrias acabam fornecendo para construção. Mais de 130 indústrias atendem ao mercado imobiliário e só com produção nacional, pois não precisamos importar. É indutor de desenvolvimento.”

Para recuperar os 750 mil empregos na construção extintos em 2015, a retomada precisa ser mais forte, diz Moura. A confiança também vai ajudar o setor, na opinião de Bruno Ghiggino, diretor da Construtora Even: “Juro, desemprego e inflação menores aumentam a confiança do consumidor”. (AG)

tags: Brasil

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