Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A crise no Brasil não é apenas política e econômica, trata-se de algo mais profundo e silencioso vivemos crise ética que abala todas as estruturas. Aqui na capital dos gaúchos dos 14 projetos com vistas a Copa do Mundo que já caiu no esquecimento até pelo fiasco da seleção brasileira frente à Alemanha, apenas cinco foram concluídas, e tiveram um sobre preço de R$ 21 milhões e 9 obras inacabadas. Alguns trechos dos corredores do sistema BRT (Bus Rapid Transit) já foram refeitos três vezes.
Estamos numa crise valores jamais vivenciada no País. Ontem a nação ficou em choque com a tragédia vivida no Rio de Janeiro na ciclovia Tim Maia inaugurada em janeiro deste ano e que desabou como um lego abalada por uma onda que é absolutamente comum naquele trecho da orla sempre que acontece a ressaca. Duas pessoas foram assassinadas por desídia das autoridades que contratam empreiteiras da iniciativa privada e não conferem metro por metro a qualidade da construção. Os 3,9 km custaram aos cofres da prefeitura de uma cidade que está com a sua rede publica de saúde sucateada e miserável a bagatela de 45 milhões de reais.
Em todo o País a situação é a mesma, uma orgia com dinheiro público, repartido entre empreiteiras que entregam a cada dia obras inseguras mal construídas e com sobre preço. No RJ que vai sediar a Olimpíada bilhões estão sendo de forma antiética e conivente entre políticos e empresas privadas gastos sem qualquer auditoria. Pois ainda lá na linda capital carioca outra grande obra já foi também inaugurada sem estar completa, inacabada, insegura e, por isso, ainda ineficiente.
Essa é a Transcarioca, obra mais cara entre todas as realizadas para a Copa do Mundo de 2014. O sistema de BRT (Bus Rapid Transit) ligando a Barra da Tijuca ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Sua construção trouxe benefícios a quem usa o transporte público, entretanto, ainda não cumpre a função que se espera de um projeto que custou R$ 2,2 bilhões. Quem vai impedir o “jeitinho brasileiro?” Essa malemolência moral tão bem retratado por Mario de Andrade na figura do Macunaíma e “herói” sem caráter?
Parece que o nosso problema é mais sério do que apenas votar em políticos que já não representam a sociedade como um todo, que não demonstram compromisso moral com nada nem ninguém a não ser com os seus interesses pessoais ou de grupos. Em Brasília temos as bancadas da bala, dos ruralistas, dos evangélicos e por aí vai. Mas e as relações covardes e criminosas entre os políticos e fornecedores, empreiteiras, quando vamos falar nisso abertamente, colocando o guizo no gato?
Querem tirar a Dilma e entregar a nação a políticos envolvidos em falcatruas de todas as espécies. Alguns pobres eleitores estão sorrindo com satisfação pois o PT e a Dilma estão com os dias contados no Palácio do Planalto sem se dar conta de que os outros que assumirão não deixarão o caminho livre para uma busca desesperada por gente honesta, comprometida com o futuro da nação!
A Dilma está em Nova York e o vice teme que ela faça uma denuncia de golpe na sede da ONU. Se fizer e penso que deveria fazer pois a imprensa mundial já está convencida disso, de nada vai adiantar pois os senadores não estão nem aí para o que pensam os eleitores e como muitos políticos de peso estão com a cauda a descoberto pela Lava Jato o acordão é tirar a presidenta e acabar com todas as investigações. Precisamos mais do que uma reforma politica e eleitoral precisamos como um todo um choque de moralidade! Eleições gerais pedem alguns, ensaiando mais uma cenoura à frente do burro. E, tem gente do bem que acredita nessa balela! Acorda Brasil!
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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