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Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2018
Cuba vai permitir que 1,4 milhão de cubanos moradores de outros países participem, pela internet, da elaboração da nova Constituição – a primeira participação dos emigrados em um debate político interno desde a Revolução de 1959. O novo texto, com 224 artigos, deve ser votado entre agosto e novembro, como definido na aprovação na Assembleia Nacional no fim de julho.
Os residentes no exterior poderão participar, a partir de setembro, de uma consulta feita pela internet. O resultado dessa enquete, ao qual terão acesso mais de 8 milhões de residentes maiores de 16 anos em Cuba, será depois submetido a um referendo. Em seguida, o texto volta ao Parlamento para autorização final. Apesar do direito à participação na consulta online, o governo não deixou claro se os cubanos residentes no exterior poderão votar no referendo.
Mudança de rumo
A medida chama atenção porque, entre 1959 e 1975, o regime de Fidel Castro considerava “desertores” e “traidores” os cubanos que abandonavam a ilha.
A rejeição começou a terminar em 1978, com um processo de aproximação com os setores que não mantinham uma posição hostil contra seu governo. Na década de 1990, o governo de Cuba autorizou as visitas à ilha e o envio de remessas monetárias. Por isso, o diretor da Chancelaria dedicada aos Cubanos Residentes no Exterior, Ernesto Soberón, afirmou que a medida “é um fato inédito na história da revolução”.
O funcionário negou a influência dos grupos anticastristas para impedir este processo. “Atualmente são uma pequena minoria aqueles setores da emigração que defendem a derrocada da Revolução”, disse.
O que é a nova Constituição de Cuba?
A nova Constituição reconhecerá o papel do mercado e da atividade privada na economia socialista da ilha, embora sempre sob a tutela do único e governante PCC (Partido Comunista de Cuba). A Carta Magna também suprime o termo “comunismo” do texto, inédito desde a revolução que colocou a família Castro no poder.
O governo estima em 1,4 milhão de pessoas sua comunidade no exterior, dispersa em 120 países, principalmente Estados Unidos, Espanha, México e Colômbia. A ilha tem 11,2 milhões de habitantes.
México
Os corpos de 11 pessoas enforcadas foram encontradas na sexta-feira (03), em uma residência em Ciudad Juárez, no estado de Chihuahua, norte do México e fronteira com os Estados Unidos, segundo informações da Promotoria Geral. As autoridades indicaram que os corpos das vítimas correspondem a oito homens e três mulheres e segundo informação dos legistas, todos foram mortos com “um torniquete no pescoço”.
De acordo com as versões apresentadas, o local onde aconteceram os assassinatos tem caraterísticas de uma casa de segurança como aquelas utilizadas por grupos criminosos e aparentemente as vítimas foram reunidas para serem mortas. Uma das linhas de investigação aponta para uma disputa de grupos criminosos.
Anteriormente, a Promotoria, através de um comunicado, afirmou que “realiza uma investigação ministerial para esclarecer o fato e descobrir o paradeiro dos responsáveis”. Além disso, indicou que “os procedimentos da Agência Estatal de Investigação se concentram neste momento em determinar as causas da agressão, a identidade das vítimas que morreram no local e estabelecer se pertencem a uma célula criminosa”.