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Brasil A decisão de Lula de insistir em sua candidatura até o limite desagradou os aliados de Fernando Haddad

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Parte dos petistas temem dispersão de votos em Haddad (D). (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

A decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de esticar a corda e insistir até o limite no discurso de sua candidatura ao Palácio do Planalto desagradou os aliados de seu vice e provável substituto, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT).

A avaliação de dirigentes petistas ligados a Haddad, somados a governadores e deputados do partido, é de que há risco de dispersão dos eleitores de Lula ao prolongar ainda mais o prazo para a substituição da candidatura.

Nessa segunda-feira, após horas de reunião dentro da cela onde está preso em Curitiba (PR), Lula deu o aval para que seus advogados ingressem com novos recursos no STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo a derrubada da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que na semana passada barrou o registro da candidatura.

A sinalização do ex-presidente, portanto, é manter a tática de que vai lutar em todas as instâncias para garantir seu registro de candidato. Nos bastidores, porém, não há otimismo e a maior parte dos petistas não acredita que o Supremo conceda uma liminar para que Lula concorra em outubro.

De acordo com aliados de Haddad, a narrativa do ex-presidente tem funcionado até agora, mas o cenário pode mudar após a resolução do TSE. O argumento é de que, com o bloqueio institucional no caminho do ex-presidente, seus eleitores entenderam, na prática, que ele não será candidato e podem começar a se desmobilizar. Isso incluiria a migração de votos para um candidato identificado com bandeiras mais à esquerda, como Ciro Gomes (PDT).

Além de Ciro e de Marina Silva (Rede), que aparecem nas pesquisas como possíveis herdeiros do “espólio” lulista, o discurso pró-segurança de Jair Bolsonaro (PSL) tem seduzido eleitores de Lula no Nordeste e preocupado a campanha do PT.

A outra ala do partido, capitaneada pela presidente nacional da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR), discorda da tese de antecipar a substituição. A ideia, nesse caso, é manter até onde for possível o discurso de que Lula é candidato – no dia 11 deste mês, quando acaba o prazo dado pelo TSE para a troca na chapa.

Aliados de Haddad (e o próprio ex-prefeito) temem que o tempo seja escasso para fazer o seu nome, ainda pouco conhecido nacionalmente, angariar o apoio que hoje está na órbita de Lula, que conta com 39% das intenções de voto, na mais recente pesquisa do Instituto Datafolha.

Depois

A partir do dia 11, Haddad terá menos de um mês para fazer o eleitor de Lula entender que ele será o representante do ex-presidente na urna e que sua imagem estará plenamente fundida à do ex-presidente.

Lula defendia que a mudança fosse feita o mais perto possível do primeiro turno mas, após a decisão do TSE de barrar sua candidatura, quis ouvir aliados que pensam o contrário. Mesmo assim, não foi convencido.

Dentro do partido ainda há um grupo minoritário que defende ir com Lula até o fim e não fazer a troca na chapa, em uma espécie de boicote eleitoral. O ex-presidente é contra.

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