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Brasil A defesa do ex-ministro Antonio Palocci apresentou uma lista de provas de sua delação premiada e pediu que ele vá para a prisão domiciliar

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Colaborador da Lava-Jato foi condenado a 12 anos de cadeia. (Foto: Antonio Cruz/Arquivo/Agência Brasil)

Nessa quarta-feira, a defesa do ex-ministro Antonio Palocci, delator da Operação Lava-Jato, pediu ao TRF-4 (Tribunal Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre) que ele deixe a cadeia em Curitiba (PR) e progrida a sua pena para o regime de prisão domiciliar. Solicitou, ainda, que a prisão preventiva do réu seja revogada e que a sentença aplicada a ele seja reduzida em dois terços na ação envolvendo as empresas Sete Brasil e a Petrobras.

Para sustentar a solicitações, os advogados de Palocci listaram 21 itens que integram a delação premiada do ex-ministro como extratos bancários com registro de entrada de propina na sua conta corrente e comprovantes de doações eleitorais oficiais realizadas em troca de favores para empresas junto ao governo.

Também fazem parte do material dados de rastreadores veiculares que corroboram reuniões relatadas por Palocci e indicações de três testemunhas que confirmaram as reuniões narradas.

O ex-ministro ainda entregou um HD de arquivos com dados integrais do computador que era utilizado na sua empresa de consultoria, a Projeto, que não haviam sido apreendido pela PF (Polícia Federal) quando realizaram buscas no local, na 35ª fase da força-tarefa, além de três celulares utilizados por seus funcionários, cópias de manuscritos e da sua agenda virtual referente aos períodos de 2006 a 2010 e de 2015 e 2016.

Segundo a petição dos advogados, esse documento tem mais de 7 mil páginas com informações com títulos como “reuniões espúrias narradas por Antonio Palocci Filho e em sua colaboração”. No entanto, as provas não foram anexadas no pedido, sob o argumento de que com isso a defesa violaria a cláusula de sigilo do acordo.

A defesa afirma que foram elaborados 18 termos de depoimento com as declarações de Palocci que resultaram em relatórios elaborados pela Polícia Federal sobre crimes no âmbito da Sete Brasil e da Petrobras.

Relata, ainda, que a colaboração do ex-ministro não se restringe à PF do Paraná, mas inclui a do Distrito Federal, que passou a ser signatária do acordo após colher depoimento de Palocci sobre crimes realizados na empresa Sete Brasil. Também afirma que, em agosto, Palocci concedeu depoimento ao Ministério Público Federal do Distrito Federal que reconheceu a delação.

Vai-e-vem

Na petição protocolada nesta quarta-feira, os advogados relatam que durante o processo de colaboração, “Palocci deixou a carceragem da Polícia Federal por 63 vezes, realizando, quando esteve fora do ergástulo (prisão), 141 horas e 41 minutos de depoimento e de análise de dados”.

A expetativa da defesa é que os pedidos sejam atendidos no próximo dia 24, quando o TRF-4 julgará a apelação do mérito da ação em que Palocci foi condenado a 12 anos de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, pelos crimes de corrupção passiva a lavagem de dinheiro.

Quando a delação do ex-ministro foi homologada, no final de junho, o desembargador responsável pelo caso João Pedro Gebran Neto suspendeu o processo por três meses. Com o prazo vencido, o processo volta a correr no dia 24.

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