Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2018
A defesa do ex-presidente Lula entrou com uma reclamação no STF (Supremo Tribunal Federal), no início da noite desta sexta-feira (6), em que pede uma liminar para suspender sua prisão. Os advogados argumentaram que a ordem de prisão não esperou o esgotamento dos recursos no TRF-4 (Tribunal Regional Federal).
Os advogados pedem a suspensão da execução provisória da pena imposta a Lula até o julgamento de mérito de duas ADCs (ações declaratórias de constitucionalidade) que discutem no STF a constitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância.
As duas ADCs estão sob relatoria do ministro Marco Aurélio. Por essa razão, os advogados de Lula direcionaram o pedido a ele. No entanto, a reclamação foi distribuída eletronicamente pelo Supremo e o ministro sorteado para ser o relator foi Edson Fachin, informou a assessoria do tribunal.
Caso o primeiro pedido não seja acolhido, os advogados pedem uma liminar para suspender a prisão até que o TRF-4 examine a admissibilidade dos recursos extraordinários, que são direcionados ao STF.
Por último, se os pedidos anteriores forem negados, a defesa de Lula quer que ele aguarde em liberdade o julgamento dos embargos de declaração que serão apresentados ao próprio TRF-4 até a próxima terça-feira (10).
Missa para Marisa Letícia
Segundo aliados, o ex-presidente quer participar de uma missa em homenagem ao aniversário de sua mulher, Marisa Letícia, que morreu no ano passado. A cerimônia deve acontecer no sábado (7), em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.
O senador Lindbergh Farias subiu no carro de som para, a pedido de Lula, convidar a militância a participar da missa.
A ato será em frente ao sindicato, em homenagem aos 67 anos que sua mulher, morta em 2017, completaria no dia.
Os advogados José Eduardo Cardozo e Sigmaringa Seixas capitaneiam a negociação para que a prisão ocorra após a missa.
Relembre
O juiz Sérgio Moro decretou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e determinou que ele se apresentasse à Polícia Federal em Curitiba até as 17h desta sexta (6). A decisão foi tomada após o magistrado receber ofício do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, autorizando a prisão do petista. Lula não se entregou no prazo determinado. Ele continua na sede do sindicato, em São Bernardo do Campo.
Segundo a assessoria de imprensa da 13ª Vara Federal do Paraná, o ex-presidente Lula não pode ser considerado foragido e também não terá descumprido ordem judicial ao não se apresentar depois deste horário.
Lula foi condenado por Moro no caso do triplex de Guarujá em julho de 2017. Em janeiro, os juízes do TRF-4 confirmaram a condenação e votaram por aumentar a pena do petista para 12 anos e um mês de prisão.