Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2019
O rendimento médio mensal dos mais ricos no Brasil, que representam 1% da população, atingiu, em 2018, o equivalente a 33,8 vezes o ganho obtido pelos mais pobres (50% da população do País). No topo, o rendimento médio foi de R$ 27.744. Na metade mais pobre, totalizou R$ 820.
A diferença entre os rendimentos obtidos pelo mais ricos e pelos mais pobres no ano passado é recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua do IBGE, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16).
A desigualdade aumentou porque o rendimento real da metade mais pobre caiu ou subiu bem menos do que o dos mais ricos, sobretudo nos últimos anos, segundo a pesquisa.
A disparidade de renda no Brasil tem ainda forte aspecto regional, com o Sudeste concentrando uma massa de rendimentos (R$ 143,7 bilhões) superior à de todas as outras regiões somadas.
Já o Sul, com cerca da metade da população do Nordeste, tem massa de rendimentos maior do que a dos nove Estados nordestinos (R$ 47,7 bilhões ante R$ 46,1 bilhões).
Os dados de 2018 mostram ainda que o índice de Gini, que mede a desigualdade em uma escala de 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração) atingiu o maior patamar da série, chegando a 0,509.