Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2017
A diferença entre as tarifas cobradas pelas empresas aéreas em uma mesma rota nacional pode ultrapassar os R$ 2 mil, mostra levantamento feito pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Os números, referentes a 2016, revelam que, nas rotas em que há pelo menos três companhias operando, é possível economizar em média R$ 231 se o consumidor comparar as tarifas cobradas pelas concorrentes.
Em termos percentuais, essa diferença pode chegar a 379% entre a tarifa mais barata e a mais cara nos casos mais extremos. As rotas em que há competição representam 90% de todos os voos nacionais.
O voo em que foi registrada a maior diferença de preço, uma média de R$ 2.050 entre a empresa mais cara e a mais barata, foi Navegantes (SC)/Juazeiro do Norte (CE).
O passageiro que optou por comprar passagem da TAM pagou mais de R$ 2,5 mil, e quem escolheu a Gol gastou menos de R$ 600, em média.
Esse é um voo com baixo tráfego de passageiros, o que ajuda a explicar a diferença.
Mas disparidades expressivas podem ser encontradas também em rotas mais concorridas, como os trechos entre Recife (PE) e Fortaleza (CE), com diferenças de mais de R$ 1 mil nos preços.
Autor do estudo, o pesquisador Alessandro Oliveira, do Nectar (Núcleo de Economia do Transporte Aéreo do ITA), lembra que as empresas formam suas tarifas com base principalmente em custos.
“Com muitos passageiros, as companhias preenchem mais assentos e tendem a diluir melhor seus custos fixos.”
Em outras palavras, com grande frequência e quantidade de passageiros, as companhias aéreas terão menos gastos com suas operações, já que ganham em escala. A tendência é que isso seja repassado para as tarifas.