Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Carlos Roberto Schwartsmann | 15 de maio de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Escrevo envergonhado pela classificação de 84º do Brasil no ranking global do “Índice de Desenvolvimento Humano” (IDH).
O processo educacional se inicia desde o nosso nascimento. Na amamentação a criança não quer trocar o seio, mas é necessário!
Os gestos educacionais são aquisições constantes e contínuas. No início somos educados pelos nossos pais, nossos irmãos, nossos avós. É a educação basal.
A educação familiar!
Na educação escolar, na básica e no ensino fundamental a nossa formação e o nosso caráter é esculpido principalmente pelos nossos professores, mas também é influenciada pelos colegas e amigos.
Na universidade obtemos as qualificações técnicas profissionalizantes e sedimentamos nosso desenvolvimento intelectual e cultural.
Hoje, em todos estes níveis o aprendizado no Brasil está despedaçado. Por isso, nossa educação despenca cada vez mais nos rankings mundiais.
A educação familiar foi muito prejudicada pela hodierna desestruturação da família. Principalmente pelo aumento dos divórcios dos pais e a necessidade de ambos os cônjuges trabalharem. Não é fácil administrar este novo conflito. Com quem deixar os filhos?! Com os avós?! Na creche?! Há verba para isso?!
O ensino básico é torpedeado pelo confuso gerenciamento federal, estadual e municipal. O acesso é desigual e a qualidade do ensino é duvidosa.
Existe grande evasão escolar. Ninguém quer pagar a indigna remuneração dos professores.
No ensino superior, o programa “Universidade para Todos” (PROUNI) deveria incluir a palavra má.
“Má universidade para todos”.
Na educação brasileira superior faltam equipamentos básicos. Falta infraestrutura.
Faltam recursos! A deficiente formação prévia, misturada com o desinteresse, dificulta e prejudica o aprendizado dos próprios alunos universitários.
Este cenário só poderá ser parcialmente revertido se os nossos governantes abandonarem por completo o sentimento de desprezo e indiferença pela educação.
As vezes, até parece proposital. Faltam vozes na defesa da educação!
O caminho, para a solução deste imbróglio, já foi demostrado há muito tempo pelos Tigres asiáticos, principalmente pela Coreia do Sul: investimento maciço na educação! Parem de defender interesses escusos e suspeitos e invistam na formação do nosso povo.
Um professor é mais importante para uma sociedade que um politico, que um médico, que um juiz!
É uma lástima que o país mais rico do mundo não saiba aproveitar sua potencialidade oferecendo uma boa educação aos seus habitantes.
Certamente o investimento na educação é o passo mais importante para o desenvolvimento de uma sociedade, menos violenta, mais igualitária e mais justa!
(Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário – schwartsmann@gmail.com)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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