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Economia Após ser o centro da Operação Lava-Jato, a Odebrecht assinou o seu primeiro contrato de licitação a ser pago com dinheiro público, no valor de 578 milhões de reais

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Empreiteira é principal acionista da petroquímica, na qual petroleira também tem participação. (Foto: Reprodução)

A estatal Furnas, subsidiária da Eletrobras, assinou contrato de R$ 578,67 milhões com empresas do grupo Odebrecht para aumento da capacidade da termelétrica Santa Cruz, no Rio de Janeiro, segundo informações da empresa e do Diário Oficial da União dessa segunda-feira.

O negócio, conquistado em licitação, vem no momento em que a Odebrecht é pressionada por credores em meio a dificuldades financeiras iniciadas após um enorme escândalo de corrupção que atingiu a companhia, depois de investigações da Operação Lava-Jato no Brasil.

Segundo Furnas, a Odebrecht Engenharia e Construção Internacional e sua subsidiária CBPO Engenharia formam o consórcio contratado para a obra na usina de Santa Cruz, que envolverá a implantação de ciclo combinado na unidade. A assinatura do contrato aconteceu em 19 de março.

O negócio com a estatal não sofre restrições porque a Odebrecht não foi considerada inidônea pelas autoridades brasileiras, o que vedaria sua contratação por agentes públicos, informou a empreiteira à Reuters.

Furnas disse que a contratação envolveu uma concorrência e que as empresas da Odebrecht apresentaram o menor preço, com uma proposta “7% abaixo do valor orçado e atualizado”, segundo nota da companhia.

A UTE Santa Cruz opera atualmente com 350 megawatts em capacidade, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica. O fechamento do chamado ciclo combinado na usina deve garantir uma potência final de pelo menos 507 megawatts líquidos, segundo documentos da licitação.

Segundo o Diário Oficial, o contrato com o consórcio da Odebrecht terá prazo de 58 meses e em regime de empreitada integral, o que significa que a empresa ficará responsável por serviços de engenharia, obras civis, fornecimento de materiais, montagem eletromecânica e comissionamento da unidade, entre outras atividades.

Atraso

A operação do chamado ciclo combinado na termelétrica Santa Cruz foi permitida pela Agência Nacional de Energia Elétrica em 2002, com previsão de operação a partir de 2006.

Depois, Furnas ganhou prazo até o fim de 2014 para entregar as obras, mas o cronograma ainda assim não foi cumprido. O atraso do empreendimento levou a Aneel a multar a empresa em quase R$ 995 mil em 2015, infração já paga pela estatal.

Vaias

A Odebrecht continua firme na empreitada de tentar limpar a imagem da empresa no pós-Lava-Jato. Uma equipe do departamento de Marketing tem feito palestras em universidades para explicar a estratégia do grupo nesse sentido. Nessa rodada de conversas, porém, eles têm recebido mais vaias do que aplausos.

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