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Brasil A equipe econômica do governo federal está preocupada com o entusiasmo de Bolsonaro com os bancos estatais

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Se dependesse de Paulo Guedes (D), Caixa e Banco do Brasil já estariam privatizados. (Foto: EBC)

Integrantes da equipe econômica do governo federal estão preocupada com o empolgação manifestada pelo presidente Jair Bolsonaro em relação aos bancos estatais, sobretudo a Caixa Econômica Federal. Se dependesse dos planos iniciais do “superministro” da Economia, Paulo Guedes, as instituições públicas do setor (incluindo o Banco do Brasil) já estariam em processo de venda.

Em setembro do ano passado, nove meses após assumir o cargo, o titular da pasta chegou a declarar à imprensa que ainda deseja privatizar todas as empresas estatais. “Essa é a proposta, mas a decisão final é do Congresso Nacional”, ressalvou. “A minha obrigação é fazer o diagnóstico e entregar a prescrição”, acrescentou, em alusão ao procedimento médico-paciente.

Não demorou muito, porém, o presidente da República o obrigou a voltar atrás em suas declarações a respeito do assunto. Em dezembro, o ministro acabou divulgando uma nota, or meio da qual garantiu que não pretende privatizar a Caixa Econômica Federal e nem Banco do Brasil.

De acordo com fontes ligadas ao Ministério da Economia, a expectativa da equipe de Paulo Guedes é deixar o assunto “esfriar” para, mais adiante, tentar novamente convencer o chefe do Executivo a repensar o tema.

Agora, segundo analistas, Bolsonaro abraçou uma causa: forçar os bancos públicos a reduzirem de forma antecipada as suas taxas de juros, com o objetivo de puxar também para baixo os índices cobrados pelos estabelecimentos privados do setor. Vale lembrar que, em 2016, quando a então presidente Dilma Rousseff – em seus últimos meses de governo antes do impeachment – encampou essa ideia, economistas liberais como o próprio Paulo Guedes não pouparam críticas à iniciativa.

Na semana passada, durante uma “live” (transmissão de vídeo) na rede social Facebook, Bolsonaro aplaudiu o presidente da Caixa: “Por que a taxa de juros do cheque especial baixou de 13% para 8%? Porque a Caixa Econômica Federal botou a 5%. Então o Pedro Guimarães, presidente do banco, está de parabéns! Se não é o Pedro ter essa iniciativa, continuaria a 13% ou 14%, podendo até aumentar”.

A Caixa tem reduzido a taxa de juros para a modalidade de crédito, estipulada atualmente em 4,99%. Por conta desse fator, argumenta Bolsonaro, aproximadamente 500 mil novos clientes têm sido atraídos para o banco a cada mês. Na segunda-feira passada, entrou em vigor resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) que limitou os juros do cheque especial a 8% em todos os bancos no Brasil.

Quando o CMN tomou a decisão, no ano passado, já foi em meio a críticas do presidente quanto às taxas de juros. Na época, Bolsonaro chegou a dizer que reduções anteriores da taxa básica de juros eram feitas “na canetada”, em referência à ex-presidente que governou o País de 2011 a 2016.

Pressões

A equipe econômica tem sentido cada vez mais as pressões do Palácio do Planalto em torno da questão dos juros. No início de dezembro, ele deixou escapar que a taxa básica de juros chegaria 4,5% até o final de 2018. Depois, ao notar que estava antecipando uma decisão que cabe ao Banco Central, consertou: “Eu torço, né?”.

Na live de ontem ele se soltou: “Vai para a Caixa todo mundo aí, tá legal? Sai desses bancos outros aí, e vem para a Caixa. A não ser que os bancos sigam o exemplo da Caixa Econômica. Caso contrário, o Pedro vai matar os outros bancos, o Pedro é um exterminador de bancos com esses números que está apresentando do cheque especial e de outros empréstimos aí e também para casa própria, etc”. A fala deixou “de orelha em pé” a equipe econômica.

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https://www.osul.com.br/a-equipe-economica-do-governo-federal-esta-preocupada-com-o-entusiasmo-de-bolsonaro-com-os-bancos-estatais/ A equipe econômica do governo federal está preocupada com o entusiasmo de Bolsonaro com os bancos estatais 2020-01-11
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