Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de março de 2020
O governo da Espanha ordenou o fechamento de todas as instituições de ensino, de creches a universidades, de Madri e de outras cidades mais atingidas pela epidemia do novo coronavírus (covid-19) por duas semanas a partir desta quarta-feira (11). Se necessário, esse período poderá ser estendido. Além da capital, a medida afeta as cidades de Vitoria e Labastida, no País Basco.
“Se possível pedimos às pessoas nessas áreas que trabalhem de casa, pedimos às companhias que sejam flexíveis em termos de carga horária, pessoas mais velhas devem ser atendidas em casa, e pessoas que sofrem de doenças crônicas ou patologias graves devem limitar suas atividades externas. Pessoas no geral devem evitar viagens desnecessárias”, afirmou o ministro da Saúde da Espanha, Salvador Illa.
O anúncio marca uma guinada na posição do governo do premiê socialista Pedro Sánchez, que vinha relutando em adotar medidas mais rígidas que pudessem ter impacto na economia e nas atividades cotidianas da população.
“Os dados indicam uma mudança para pior na evolução desta doença na Espanha”, disse Illa. “Decidimos mudar o cenário, de contenção para contenção reforçada.”
Cancelamento de todos os voos vindos da Itália, partidas de futebol a portas fechadas, escolas sem aula. Diante da triplicação dos casos desde a noite de domingo, a Espanha anunciou nesta terça-feira (10) um pacote de medidas na tentativa de impedir a propagação do coronavírus.
Com 1.622 casos e 35 mortos, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira ao meio-dia, a Espanha é agora um dos países mais afetados do mundo e o terceiro mais atingido na Europa, depois da Itália e França. No domingo, registrava 589 casos.
Diante do crescimento exponencial do contágio, o governo de Pedro Sánchez iniciou a ofensiva nesta terça-feira.
“Algumas medidas que não gostaríamos de tomar e estamos cientes de que alteram a vida cotidiana das pessoas, mas acreditem que são necessárias”, afirmou o ministro da Saúde, Salvador Illa, em coletiva de imprensa após o Conselho dos Ministros.
“Todas as medidas que estamos tomando visam não chegar ao cenário da Itália”, afirmou Illa. As informações são do jornal Valor Econômico e da agência de notícias AFP.