Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2018
O Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, teve 58 voos cancelados até as 20h desse sábado, entre chegadas e partidas, de acordo com o boletim emitido pela Inframérica, administradora do terminal. Segundo a empresa, o motivo é a falta de querosene para abastecer aeronaves.
À tarde, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Força Nacional de Segurança escoltaram quatro caminhões-tanque com querosene, em direção ao terminal. O volume, no entanto, é insuficiente para o abastecimento.
Com a falta de combustível, o aeroporto passou a permitir apenas o pouso de aeronaves com combustível suficiente para retornar, uma vez que não tem sido possível reabastecê-las no JK. A recomendação das empresas aéreas é que os passageiros verifiquem a situação dos voos antes de se dirigirem ao aeroporto.
Em nota, a Latam Airlines Brasil, que teve 16 voos cancelados, informou que passageiros com partidas, chegadas ou conexões domésticas programadas nos aeroportos de Brasília e Confins podem alterar os voos sem a cobrança de taxa de remarcação e das diferenças tarifárias da nova data, de acordo com a disponibilidade.
A empresa afirmou, ainda, que os passageiros que não estão conseguindo embarcar recebem hospedagem e voucher de alimentação, mas não informou o valor.
Já a Gol informou que passageiros prejudicados por dois voos cancelados na sexta-feira e outros dois nesse sábado podem procurar a companhia para remarcar as suas viagens também sem a cobrança de taxas e de acordo com a disponibilidade. Ou solicitar reembolso ou crédito integral de suas passagens.
A Avianca Brasil, por sua vez, também solicita que os clientes impactados pela greve remarquem suas passagens em novos voos com embarque até 5 de junho, sem cobrança de taxa nem pagamento de diferenças tarifárias.
Pela empresa, sete voos saindo de Brasília foram cancelados. Em outros Estados, eram 20 até o fim da tarde. Outros nove cancelamentos estão previstos para este domingo.
Em Brasília, a Azul não havia cancelado nenhum voo até o início da noite. Em todo o País, entretanto, a empresa somava 11 cancelamentos.
Relatos
Quem teve o voo cancelado enfrentou transtornos. Entrevistada pela imprensa, uma moradora da capital federal tinha viagem marcada com um grande grupo de amigos para a cidade gaúcha de Gramado (RS), com pagamento antecipado. Mas o voo da Latam, previsto para sair às 11h, foi cancelado.
“Seria uma viagem para relaxar, mas encontramos essa situação”, lamentou. “De qualquer forma, estamos com pensamento positivo, pois espero conseguir um novo voo para as próximas horas.”
Um outro brasiliense, que pretendia embarcar para Recife (PE) com o filho de 11 anos, chegou às 6h no aeroporto e até as primeiras horas da tarde ainda aguardava um posicionamento por parte da companhia aérea TAM.
Ele reclamou que a empresa solicitou a remarcação por telefone ou internet, mas as linhas estão congestionadas: “Passei mais de 40 minutos tentando providenciar um novo voo, e nada. Então, o jeito será aguardar aqui mesmo”.
Sobre a greve dos caminhoneiros, o pai da criança disse ser a favor da demanda, mas acha injusto que a população seja prejudicada. “Eles precisam dar ao menos uma trégua”, defendeu. “A reivindicação é justa mas já está ficando abusiva e atrapalhando a vida dos brasileiros com o desabastecimento.”