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Brasil A família do ex-governador do Paraná Beto Richa vira ré na Operação Lava-Jato

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Richa e a sua família negam as acusações. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Pela segunda vez em pouco menos de uma semana, o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) virou réu na noite desta quarta (13) na Operação Lava Jato — desta vez, junto com a mulher, Fernanda Richa, e o filho André Richa. Eles e o contador da família, Dirceu Pupo Ferreira, são acusados de lavagem de dinheiro na compra de um imóvel com pagamentos em dinheiro vivo — cuja origem, para a Procuradoria, está em desvios dos contratos de pedágio do Estado.

Richa e a família negam as acusações, e dizem que as transações imobiliárias foram bancadas com patrimônio familiar e ocorreram “em razão de oportunidades comerciais reais e lícitas”.

Segundo a denúncia, o tucano, que foi governador entre 2011 e 2018, se beneficiou de um esquema de desvios com concessionárias de pedágio, que existiu durante pelo menos 20 anos.

A operação de lavagem de dinheiro teria ocorrido na compra de um terreno num condomínio de luxo na região de Curitiba, em 2012, com pagamento de R$ 930 mil em dinheiro, que não foi declarado na escritura. A compra foi feita pela empresa Ocaporã, de propriedade de Fernanda Richa e dois de seus filhos, e intermediada pelo contador Dirceu Ferreira.

Para o MPF (Ministério Público Federal), o ex-governador, apesar de não fazer parte do quadro societário da empresa, tinha poder de decisão sobre as transações imobiliárias realizadas pela família — o órgão se baseia em um e-mail da ex-primeira-dama que diz que iria consultar o marido antes de decidir sobre uma aquisição. O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, entendeu que “há aparente prova da materialidade e indícios de autoria suficientes” para receber a denúncia.

Em nota, a defesa de Fernanda Richa afirmou que o patrimônio da Ocaporã tem origem na herança do seu pai, banqueiro e ex-presidente do Banco Bamerindus, e que “este patrimônio não se confunde com o de Beto Richa”.

A ex-primeira-dama diz que todas as operações foram feitas de forma lícita, sem o intuito de ocultar ou dissimular valores, e afirma ser alvo de “profunda injustiça”.

“A defesa de Fernanda Richa confia no poder judiciário, que certamente saberá evitar que maiores prejuízos se produzam, pois não cometeu qualquer ilegalidade”, afirmaram os advogados, em nota.

A defesa do ex-governador informou que irá se manifestar nos autos. Richa também é alvo de uma outra denúncia sob acusação de corrupção e organização criminosa, por suspeita de participar do esquema de arrecadação de propina nos contratos de pedágio no Paraná. A peça foi aceita pela justiça na última sexta-feira (8). O tucano nega participação em qualquer irregularidade.

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