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Mundo A família Trump infringe a lei e promove produtos alimentícios após boicote dos consumidores latinos

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No vídeo, o presidente americano também prometeu disponibilizar centenas de milhares de doses do medicamento a americanos. (Foto: Reprodução/Instagram)

Após afagos dados ao presidente dos Estados Unidos, em evento na semana passada, na Casa Branca, o CEO da Goya Foods, Robert Unanue, colhe os frutos. Mesmo que a marca popular de alimentos, que produz de marinadas a feijões e molhos, tenha se envolvido em uma polêmica.

É que depois que Unanue disse que os EUA são “abençoados” por ter Trump como presidente, parte da comunidade latina, os principais consumidores de seus produtos, pediu boicote à empresa hispânica. Isso porque latinos foram alvo de comentários depreciativos por parte do presidente americano, principalmente em sua campanha de 2016, quando se referiu aos mexicanos como “estupradores” e “criminosos”.

E então, a família Trump resolveu promover os alimentos Goya nas mídias sociais. Ivanka Trump, filha e conselheira do presidente dos EUA, publicou uma foto na terça-feira à noite em seu Twitter e no Facebook, em que aparece com uma lata de feijão da marca Goya. Junto com a imagem, ela escreveu o slogan da maior empresa de comida hispânica dos Estados Unidos: “Se é Goya, tem que ser bom”, em inglês e em espanhol.

A ação provocou uma série de críticas porque o Departamento de Justiça dos Estados Unidos não permite que funcionários federais usem sua posição para endossar “qualquer produto, serviço ou empresa”.

Entre as muitas críticas que recebeu, uma foi da congressista de origem hispânica Alexandria Ocasi-Cortez, que já havia sugerido na semana passada que deixaria de comprar produtos Goya.

“Se é Trump, ele tem que ser corrupto”, escreveu a democrata em espanhol, em um comentário ao tuíte de Ivanka.

A menos de quatro meses das eleições presidenciais, multiplicam-se na internet os comentários de pessoas compartilhando suas receitas para fazer sua própria marinada, mas também os pedidos para comprar mais produtos da marca para mostrar apoio político, com campanhas como o “desafio Goya”.

Walter Shaub, diretor do Escritório de Ética do governo de 2013 a 2017, sustentou que o tuíte de Ivanka era “claramente uma violação” dos regulamentos sobre o que eles podem fazer no cargo.

“Há um aspecto particularmente impróprio dessa violação: ela cria a sensação de que o apoio do governo está à venda”, escreveu Shaub no Twitter. “(Sua empresa) apoiará o presidente e o governo apoiará seu produto.”

Em meio a fortes críticas a Ivanka, o presidente republicano postou em sua conta do Instagram uma foto dele mesmo, no Salão Oval, com uma pilha de produtos alimentares Goya em cima da mesa.

Uma porta-voz da Casa Branca, Carolina Hurley, culpou a mídia e a “cultura do bloqueio” pelas críticas a Ivanka, que mostrou “seu apoio pessoal a uma empresa que foi injustamente ridicularizada e boicotada por apoiar este governo”.

Mas em seu perfil na rede social, a filha do presidente escreveu que é assessora presidencial e frequentemente compartilha suas atividades que correspondem ao escritório federal. Por sua parte, “o presidente está isento de muitas das leis e regulamentos” relacionados a protocolos éticos no governo.

“Este governo mostrou que isso é um erro”, disse Jordan Libowitz, diretor de comunicações do grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington, em comunicado.

Enquanto isso, Unanue permaneceu firme em suas declarações e Trump o elogiou na quarta-feira, afirmando no Twitter que a empresa Goya “está indo muito bem”.

A máquina de difamação da esquerda radical fracassou, as pessoas estão comprando como loucas”, celebrou o presidente. As informações são do jornal El País e de agências internacionais de notícias.

 

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https://www.osul.com.br/a-familia-trump-infringe-a-lei-e-promove-produtos-alimenticios-apos-boicote-dos-consumidores-latinos/ A família Trump infringe a lei e promove produtos alimentícios após boicote dos consumidores latinos 2020-07-16
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