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Ford vai testar óculos de realidade aumentada para ajudar no conserto de carros

Por meio de óculos com câmera e microfone, os técnicos de concessionárias poderão consultar especialistas da fábrica para ajudar no diagnóstico de casos mais complexos. (Foto: Divulgação)

A Ford apresentou na Campus Party Brasil um programa-piloto para uso de óculos de realidade aumentada nas oficinas de concessionárias. A tecnologia começará a ser testar ainda neste primeiro semestre, em 10 oficinas. A expansão para o restante da rede está prevista para o ano que vem. Segundo a Ford, o Brasil é o primeiro País a testar este tipo de auxílio.

Por meio de óculos com câmera e microfone, técnicos de concessionárias poderão consultar especialistas da fábrica para ajudar no diagnóstico de casos mais complexos. Como os óculos possuem uma câmera, o especialista, que fica em uma central, poderá acompanhar, em tempo real, cada passo do reparo. Durante o atendimento, o profissional que está na central poderá consultar manuais e sugerir soluções para o mecânico. De acordo com a Ford, a maior vantagem da implantação dos óculos de realidade aumentada é o aumento da produtividade das oficinas.

Investigação criminal

A Ford informou nesta sexta-feira (26) que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal sobre processo de certificação de emissões de poluentes da montadora nos país. A questão foi divulgada voluntariamente pela montadora para a Agência de Proteção Ambiental dos EUA e para a California Air Resources Board em fevereiro, que são entidades responsáveis pelo controle da poluição do ar.

Além disso, a empresa contratou especialistas externos para investigar o consumo de combustível de seus veículos e os procedimentos de testes, depois que funcionários manifestaram preocupações. A Ford afirmou que não sabia se teria que corrigir os dados fornecidos às autoridades ou para os consumidores.

A montadora tem investigado preocupações levantadas por empregados de que cálculos incorretos foram usados para transmitir resultados de testes em dados de quilometragem e de emissões de poluentes enviados a reguladores. A Ford disse em fevereiro que estava avaliando mudanças no processo que usa para produzir dados de economia de combustível e sobre emissões, “incluindo componentes de engenharia, técnicos e governança”.

Outras montadoras investigadas

Em janeiro, a Fiat Chrysler fechou acordo para pagar US$ 800 milhões para encerrar alegações do Departamento de Justiça dos EUA e da Califórnia de que usava software ilegal para produzir resultados falsos em testes de emissões de diesel. Uma investigação criminal do Departamento de Justiça está pendente. Autoridades dos EUA também investigam a Daimler por suposto excesso em emissões de gases tóxicos de veículos diesel. Em 2015, a Volkswagen admitiu o uso de um software para manipular as emissões dos carros, o chamado “Dieselgate”.

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