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Por Redação O Sul | 21 de novembro de 2018
A futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, visitou nesta quarta-feira (21) o Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente da República, e a Granja do Torto. Ela também afirmou que vai participar ativamente de programas sociais.
Acompanhada pela primeira-dama Marcela Temer, Michelle quis ver os jardins que cercam o Alvorada, conhecer a capela que fica na lateral da construção e as dependências internas.
Em seguida, Michelle foi para a Granja do Torto, outra residência oficial da Presidência da República. O local, nos últimos governos, passou a ser utilizado para reuniões, mas tem características de casa de veraneio. Fica em um lugar mais afastado do centro de Brasília e cercado por ampla área verde.
Antes das visitas, a futura primeira-dama disse que vai escolher o local menor, pois tem uma “filha pequena de 7 anos”. “Quero um lugar mais confortável”, disse Michelle.
Segundo ela, quer participar ativamente de programas sociais, pois mantém atividades ligadas às pessoas com deficiência e quer manter estes trabalhos. Como exemplos, Michelle citou pessoas surdas e portadores de síndromes distintas.
“Era algo que eu já fazia antes de conhecer [o presidente eleito] Jair [Bolsonaro]”, afirmou Michelle Bolsonaro, referindo-se ao marido, após deixar o CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), onde funciona o gabinete de transição.
Religiosa, Michelle Bolsonaro indicou que compreende seu trabalho social como missão. “[As pessoas com deficiências] Deus que colocou na minha vida”, afirmou.
Nesta quinta-feira (22) a futura primeira-dama deve se reunir com os organizadores da solenidade de posse, em 1º de janeiro de 2019, para saber dos detalhes e fazer suas observações.
De acordo com assessores, Michelle Bolsonaro deverá ficar em Brasília até sexta-feira (23) pela manhã. Ela e o marido foram convidados para o casamento do ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, na quinta-feira (22) à noite, em Brasília.
Cerimônia mais curta e ato ecumênico
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), quer uma cerimônia mais curta e um ato ecumênico inédito na Catedral de Brasília para celebrar sua posse em 1º de janeiro de 2019.
Assessores de Bolsonaro afirmam que o esquema de segurança e o tempo de duração do evento são hoje as principais preocupações da equipe. Isso porque Bolsonaro terá passado por uma cirurgia 20 dias antes para retirar a bolsa de colostomia que tem usado desde setembro, quando sofreu um atentado a faca, e deverá estar mais vulnerável.
Integrantes do cerimonial do Congresso, porém, dizem que o protocolo deve ser mantido e que, se quiser reduzir a extensão da cerimônia de posse, vai precisar fazer um discurso mais curto —Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, por exemplo, falaram por cerca de meia hora quando foram empossados, enquanto Michel Temer preferiu o silêncio na sua vez de assinar o livro de presidentes da República. A formalidade do roteiro no Congresso e no Planalto deve restringir improvisos.
Bolsonaro pediu que um culto ecumênico fosse realizado na manhã do primeiro dia do ano —ele é católico e sua mulher, Michelle, evangélica—, uma novidade para o evento. Em 1995, quando Fernando Henrique Cardoso chegou ao Planalto, houve uma missa católica na catedral.