Terça-feira, 20 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2021
No dia 11, a Ford anunciou o encerramento da produção de veículos nas suas fábricas no Brasil
Foto: DivulgaçãoNa semana passada, a Ford anunciou o fechamento das suas três fábricas no Brasil. Cerca de 5 mil empregos diretos devem ser extintos. Mas o impacto vai além dos funcionários da montadora e das famílias deles.
As fábricas representam a ponta final de uma cadeia produtiva muito grande. A saída da Ford vai afetar fornecedores da montadora, trabalhadores terceirizados e o comércio local.
“Eu estava na fábrica na [última] segunda-feira, mas a fábrica estava inteira de folga. Quando foi umas 15h30min, no final do nosso expediente, a gente recebeu uma mensagem do sindicato convocando pra uma assembleia naquele mesmo dia, às 17h30min, para algum comunicado importante porque, né, nunca aconteceu assim. E um pouco antes de encerrar o turno, a gente recebeu um e-mail do presidente da Ford América Latina, América do Sul, comunicando o encerramento das atividades no Brasil”, explicou o auditor de produto da Ford Vagner Monte Mor ao programa Fantástico, da TV Globo, que acompanhou o clima de incerteza no interior de São Paulo após o anúncio da montadora.
No dia 11, a Ford anunciou o encerramento da produção de veículos nas suas fábricas no Brasil. No País desde 1919, a marca manterá apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e o Campo de Provas e sua sede regional, ambos em São Paulo.
As fábricas em Camaçari (BA), que produzia Ka e EcoSport, e em Taubaté (SP), que fabrica motores e transmissões, foram fechadas imediatamente, reduzindo a produção às peças para estoques de pós-venda.
No último trimestre de 2021, será fechada também a planta da Troller, em Horizonte (CE). A empresa afirma que irá trabalhar em colaboração com os sindicatos para “minimizar os impactos do encerramento da produção”.