Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2019
O Ibope divulgou nesta sexta-feira (20) uma pesquisa, sob encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que mostra que 53% das pessoas não aprovam a maneira de governar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Aqueles que aprovam somam 41% e 6% não quiseram responder.
A pesquisa foi realizada entre 5 e 8 de dezembro — antes da divulgação da investigação do senador Flávio Bolsonaro — com 2 mil pessoas em 127 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
Em setembro, 50% dos entrevistados desaprovavam a maneira de governar do presidente, 44% aprovavam, e o índice de quem não respondeu era o mesmo. Em abril, o governo tinha 40% de desaprovação e 51% de aprovação. O resultado da pesquisa foi antecipado pelo colunista Lauro Jardim.
A pesquisa também mostra oscilação dentro da margem de erro dos índices de aprovação do governo de Jair Bolsonaro. A avaliação positiva (ótimo ou bom) está em 29% contra 31% em setembro e 35% em abril. A avaliação negativa (ruim ou péssimo) alcançou 38% na nova pesquisa ante 34% em setembro e 27% em abril. O índice de que considera o governo regular permaneceu no mesmo nível, 31% em dezembro, contra 32% em setembro e 31% em abril. Os que não quiseram responder somaram 3%.
A confiança no governo caiu dentro da margem de erro. Dos entrevistados, 41% disseram confiar no presidente e 56% afirmaram não confiar. Em setembro, 42% responderam que confiavam e 55% que não confiavam. Na primeira pesquisa, em abril, 51% confiavam no presidente enquanto 45% não confiavam.
Segurança pública
Dividido por áreas do governo, todos os índices pesquisados oscilaram dentro da margem de erro. A pesquisa questionou a opinião dos entrevistados para as áreas de taxa de juros, combate ao desemprego, segurança pública, combate à inflação, combate à fome e à pobreza, impostos, meio ambiente, saúde e educação.
A segurança pública é a que apresenta maior índice de aprovação. Em dezembro, 50% dos entrevistados disseram aprovar a atuação nesta área, enquanto 47% desaprovaram. Os que não sabem ou não responderam chegaram a 3%. Na pesquisa anterior, em setembro, os índices foram parecidos, 51% disseram que aprovam, 45% que desaprovam e 4% não souberam ou não responderam.
Quando questionados sobre impostos, 64% dos entrevistados desaprovaram a atuação do governo, enquanto 30% aprovaram e 6% não souberam ou não responderam. Os dados são similares aos de setembro, quando 62% desaprovaram, 32% aprovaram e 6% não souberam ou não responderam.
A atuação na taxa de juros tem desaprovação semelhante ao de impostos. Foram 62% dos entrevistados que desaprovaram a atuação do governo nesta área, 31% aprovaram e 7% não souberam ou não responderam. Em setembro, novamente, a diferença ficou dentro da margem de erro. O índice de desaprovação chegou a 61%, a aprovação 31%, e o não sabe ou não respondeu ficou em 8%.
Saúde, educação e meio ambiente
A atuação governo na área de educação teve uma leve oscilação dentro da margem de erro. Em dezembro, 51% desaprovam, 45% aprovam e 4% não sabem ou não responderam. Na pesquisa de setembro, 52% desaprovavam, 44% aprovavam e 3% não sabiam ou não responderam.
Na saúde, a mudança foi de 2 pontos percentuais, portanto dentro da margem de erro. A desaprovação foi de 58% em setembro para 60% em dezembro. A aprovação mudou na mesma proporção, de 38% em setembro para 36% em dezembro. Índice de não sabe ou não respondeu mudou de 3% para 4%.
O meio ambiente também obteve resultados similares. Em setembro, foram 55% os que desaprovaram ante 54% em dezembro. O nível de aprovação, em 40%, e o de não sabe ou não responderam, em 6%, se manteve de setembro para dezembro.
Perspectivas e comparação
Os entrevistados se dividem sobre as expectativas para o restante do governo. O índice de ótimo e bom chegou a 34%, regular 28% e ruim e péssimo, 32%. Não sabem ou não responderam somam 6%. Os índices oscilaram dentro da margem de erro em comparação com a pesquisa de setembro.
Naquele mês, 37% das pessoas responderam que tinham perspectivas boas ou ótimas, 27% regulares e 31% ruins ou péssimas. O mesmo percentual disse que não sabia ou não respondeu.
Em uma comparação com o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB-SP), 40% acreditam que o atual governo é melhor do que o anterior, 36% veem como igual, e 20% como pior.
O índice também oscilou dentro da margem de erro em comparação com setembro. Três meses atrás, 43% das pessoas consideravam o governo melhor do que o de Temer, 33% achavam igual e 20% pior do que o do antecessor.