Sexta-feira, 19 de setembro de 2025
Por José Edson Robalo | 18 de setembro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os cidadãos brasileiros formados por Escolas Militares num período mais curto são os Oficiais R2, e eles são de vital importância para a sociedade brasileira. São cidadãos que após prestar o serviço militar brasileiro dão continuidade em sua vida profissional atuando como líderes e multiplicadores dos valores militares na vida civil, contribuindo para o fortalecimento da imagem das Forças Armadas de nosso País.
Os preceitos éticos, o civismo e o patriotismo fazem parte desta formação e elevam o cidadão que teve a oportunidade de viver na caserna no seu período de formação e também podendo servir de uma forma temporária em unidades militares ou em organizações ligadas as Forças Armadas.
É importante ressaltar que na vida civil, após se formarem em diversas áreas profissionais, como Administração, Medicina, Direito, Engenharia, entre outras, levam em seu caráter para nossa sociedade o espírito de disciplina, de colaboração e de amor à pátria, cultivados na formação militar, além de participarem ativamente em missões de auxílio às suas comunidades e população em geral.
Na caserna do Exército Brasileiro são ensinados aos Oficiais R2 os pilares basilares das Forças Armadas, que são a hierarquia e a disciplina, que estruturam a cadeia de comando (unidade de comando) e garantem o funcionamento harmonioso das instituições militares.
Este ensinamento é usual aos Administradores formados nas mais diversas Faculdades e é levado para as organizações civis e propagado aos condutores das empresas privadas, públicas e terceiro setor. Não é só uma vantagem é sim um diferencial de quem teve a oportunidade de vivenciar e aprender na prática o significado destes pilares basilares.
O ser bom cidadão não é privativo somente aos que prestaram o serviço militar, mas alguns valores são pujantes aos que tiveram a oportunidade de servir a Pátria. Esses valores, pelo nível de importância precisam e devem ser propagados pelos Oficiais R2 quando do exercício de suas profissões na vida civil.
Patriotismo
Amar o Brasil e servi-lo da melhor forma possível, com sentimento voluntário de amor e pertencimento. Amor sincero aos heróis fundadores e construtores de nossa Nação, das suas riquezas naturais e ao povo que forma o País, compartilhando com todos que sentem e fazem o mesmo.
Civismo
Dever fundamental para a vida coletiva visando preservar a sua harmonia e melhor bem estar de todos. É o que devemos ao Brasil como cidadãos. Não é apenas se submeter à lei, mas zelar pela sua elaboração, aplicação e principalmente sua proteção.
Fé na missão
Os militares possuem uma convicção inabalável na nobreza e na importância do seu dever de defender a Pátria, garantir a lei e a ordem, e cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil. Esse valor leva a determinação e a coragem. É o motivador para a superação de adversidades e aprimoramento de habilidades no cumprimento de objetivos nacionais.
Amor à profissão
O militar demonstra a satisfação de pertencimento através da motivação, dedicação, e entusiasmo pelo trabalho bem realizado. Estará sempre pronto a se sacrificar, pois o ser soldado é mais que uma profissão, é uma missão de grandeza.
Espírito de corpo
Une orgulho coletivo e camaradagem com coesão e força para atingir objetivos comuns através do culto de valores e tradições, refletindo um elevado nível de moral, disciplina e autodisciplina. O todo sempre será mais importante que o individual. O sucesso só será alcançado de forma cooperativa através do companheirismo e da solidariedade.
Aprimoramento técnico profissional
É a melhoria contínua. O sair da zona de conforto. A busca de desenvolvimento de novas competências e formação em áreas específicas através da dedicação ao aperfeiçoamento contínuo. Não é só a busca de reconhecimento pessoal e profissional, mas a contribuição para que a instituição cumpra suas missões de defesa e soberania.
Pelo exposto, não há povo sem a valorização da Nação, do território e do pertencer, este é o ensinamento que carrego em minha bagagem cultural e acadêmica, que, muito aprendi na caserna e que levarei e propagarei até o fim de meu tempo, é um legado. Brasil, Pátria Amada, o juramento que fiz quando fui declarado Oficial do Exército Brasileiro em dezembro de 1988 permanecerá sempre ecoando em minha mente.
* José Edson Robalo – 1º Ten Cav R2, Turma de 1988 do CPOR/PA, Administrador e Pedagogo – Associado à AOR/2-RS
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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