Segunda-feira, 10 de novembro de 2025

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Geral A inadimplência no pagamento de mensalidades de universidades privadas cresceu 75% em maio

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O pagamento de R$ 150 é creditado mensalmente para estudantes em situação de vulnerabilidade. (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

A inadimplência no pagamento de mensalidades do ensino superior subiu 75% entre abril e maio, segundo uma pesquisa realizada pela Abmes (Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior) em parceria com a consultoria Educa Insights.

Essa é a terceira edição da pesquisa, que vem sendo realizada com estudantes de todo o país desde abril para medir o impacto da pandemia no setor de educação.

De acordo com o levantamento, em abril, 8% dos estudantes afirmaram que não pagaram o boleto referente ao mês e não sabiam quando iriam pagar. Agora, eles representam 14% do total de alunos de ensino superior privado.

A fatia que não teve quaisquer dificuldades para pagar a mensalidade passou de 47% para 49% em maio, enquanto os que pagaram após o prazo de vencimento caíram para 21%, ante 29% em abril.

Pandemia

Quase a totalidade dos estudantes matriculados no ensino superior privado querem continuar os estudos, no entanto, cerca da metade, 42%, afirma que há um risco de ter que desistir. O principal motivo para o possível abandono é não conseguir pagar as mensalidades, seja porque o emprego foi afetado pela pandemia do novo coronavírus, seja porque os pais ou responsáveis não conseguirão arcar com os custos.

As estimativas foram divulgadas nesta quarta-feira (10) na terceira etapa da pesquisa “Coronavírus e Educação Superior: o que pensam os alunos e prospects da Abmes”, feita em parceria com a empresa de pesquisas educacionais Educa Insights. Ao todo, foram entrevistados 644 estudantes e 963 potenciais alunos entre os dias 28 e 31 de maio.

Dentre os estudantes matriculados, 52% disseram querer continuar estudando não importa o cenário. Essa porcentagem caiu em relação a primeira etapa da pesquisa, realizada em março, quando era 57%. Outros 42% dizem querer continuar estudando, mas reconhecem que há risco de desistirem. Esse percentual era 37% em março. Outros 4% disseram que provavelmente irão desistir do curso e 2% que irão desistir por conta do cenário atual.

De acordo com a pesquisa, o emprego ser afetado pela pandemia pesa como fator de decisão para deixar os estudos para 60% dos entrevistados. Já a dificuldade dos responsáveis arcarem com os custos pesa para 22%. Apenas 8% dizem que pretendem desistir porque a faculdade não migrou as aulas para o ensino a distância.

Esse desafio tem que ser endereçado pelas instituições”, diz o diretor presidente da Abmes, Celso Niskier. “A gente tem recomendado [para as instituições de ensino] que sejam identificados os grupos que têm maior risco por perda de renda e emprego e que sejam oferecidas alternativas, que seja analisado caso a caso”. A entidade diz que além dos descontos, têm buscado alternativas de financiamento tanto para os estudantes quanto para as instituições de ensino, para que possam arcar com as despesas do período.

No levantamento, 22% dos entrevistados informaram ter perdido o emprego em função da pandemia. No levantamento anterior, feito em abril, esse percentual era de 20%.

As novas matrículas também preocupam. O estudo mostra que caiu de 22% para 14%, entre março e maio, a porcentagem dos potenciais alunos que planejam começar o curso no segundo semestre deste ano. Cerca de um terço, 36%, pretende adiar o ingresso no ensino superior para o começo de 2021; 7% para o segundo semestre de 2021; e, 43% decidirão quando a situação se normalizar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.

 

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