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Brasil A Índia informou ao Brasil que não pretende atender agora ao pedido para liberar 2 milhões de doses de vacinas

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A população vacinável exclui, por exemplo, gestantes, crianças e grupos nos quais a vacina não foi testada. (Foto: Divulgação)

A Índia informou ao Brasil que não pretende atender agora ao pedido para liberar 2 milhões de doses de vacinas da Astrazeneca/oxford. A negativa frustrou a expectativa do governo federal, que tinha pronto um plano para que o imunizante chegasse ao País até este domingo, a tempo de ser usado no início da vacinação no País. Após a resposta dos indianos, o Ministério da Saúde solicitou a entrega “imediata” de 6 milhões de doses da Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantã em parceria com a chinesa Sinovac.

Foi alegado “problemas logísticos” para liberar as doses ao Brasil. O Ministério da Saúde planeja iniciar a imunização na quarta-feira (20). Sem a vacina da Índia, não está descartada a possibilidade de a vacinação começar apenas com a Coronavac, o que representaria um revés político para Jair Bolsonaro. O presidente já chegou a declarar que não encomendaria o imunizante que virou aposta do governador João Doria, seu adversário político, mas acabou comprando. Na semana passada, o presidente também ironizou a eficácia de 50,4% da vacina, próximo do patamar mínimo exigido pela Anvisa.

“Resolveu-se, não foi decisão nossa, atrasar em um ou dois dias até que o povo comece a ser vacinado lá (na Índia), porque lá também tem as pressões políticas de um lado ou de outro”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro em entrevista à TV Band. “Daqui a dois, três dias no máximo, o nosso avião vai partir e trazer essas 2 milhões de doses”, disse Bolsonaro. Um avião fretado está no Recife, pronto para ir buscar a vacina.

Mais cedo, em entrevista no Bandeirantes, Doria afirmou que cerca de 4,5 milhões de doses da Coronavac seriam encaminhadas para o Ministério da Saúde para que fossem incorporadas ao Plano Nacional de Imunização do governo federal, enquanto o restante ficaria no Estado. “As vacinas que cabem ao Brasil serão encaminhadas ao Ministério da Saúde”, disse o governador. “Vacinas de São Paulo ficarão em São Paulo”, completou Doria na entrevista.

Em nota, o Butantã disse que questionou o ministério sobre a quantidade de doses a ser destinada a São Paulo. Segundo ele, em todas as vacinas destinadas ao PNI “é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, Estado mais populoso do Brasil. Isso acontece, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza”.

O governo federal comprou 46 milhões de doses da Coronavac, com opção de adquirir mais 54 milhões de unidades. A Anvisa deve decidir neste domingo se libera o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford. Antes do aval, estes imunizantes devem ficar sob guarda do Butantã e da Fiocruz.

Segundo o Itamaraty, o governo indiano mostrou “boa vontade” em liberar a carga, mas apontou “dificuldades logísticas”, pois o pedido brasileiro ocorre no momento em que o país começa a sua campanha de vacinação e há uma sensibilidade política interna para, ao mesmo tempo, liberar 2 milhões de doses ao Brasil.

“Foi tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses, só que nesse exato momento, está começando a vacinação na Índia, País com um bilhão e trezentos milhões de habitantes”, afirmou Bolsonaro em entrevista a José Luiz Datena, da TV Band.

O avião da Azul que deveria buscar as doses do imunizante do laboratório indiano Serum deveria decolar de Recife, mas o voo foi adiado. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, telefonou ao chanceler indiano, Subrahmanyam Jaishankar, e reiterou o pedido brasileiro para o envio das 2 milhões de doses. Um diplomata que acompanhou o telefonema disse que o diplomata indiano não rejeitou o pedido, mas disse ser necessário “ajustar os tempos” para que ele seja atendido. O Itamaraty espera que o avião brasileiro retorne em meados da próxima semana.

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https://www.osul.com.br/a-india-informou-ao-brasil-que-nao-pretende-atender-agora-ao-pedido-para-liberar-2-milhoes-de-doses-de-vacinas/ A Índia informou ao Brasil que não pretende atender agora ao pedido para liberar 2 milhões de doses de vacinas 2021-01-16
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