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Carlos Roberto Schwartsmann A inevitável morte

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O papa Francisco foi para o céu, mas cumpriu sua missão com louvor e reconhecimento. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A morte do querido Papa Francisco nos induz a reflexões sobre a vida e a morte.

No meu cotidiano de ortopedista, na última consulta antes da cirurgia, pergunto ao paciente: “Certamente o senhor sabe o pior desfecho que poderá acontecer na sua cirurgia?!”

“O senhor não sabe?! É a morte, é a nossa principal complicação!”

“Mas doutor a tecnologia e a medicina estão tão evoluídas!!”

É verdade, mas mesmo assim, aviões caem e pacientes morrem. Os doentes podem morrer por choque anafilático, sangramento, embolia pulmonar etc. Até da anestesia!

Frequentemente escuto: “Doutor estou velho, cansado e com muita dor! Se Deus me levar será um presente.”

Respondo: “Será uma dádiva para o senhor, mas não para nós. O senhor irá para o paraíso e neste cenário quem ficará com a dor e o sofrimento somos nós: os médicos, familiares e amigos.”

“Portanto fique mais um pouco entre nós!”

O Papa Francisco foi para o céu, mas cumpriu sua missão com louvor e reconhecimento.

Deixou para nós a tristeza e a desolação.

Deixou um exemplo de bondade, simplicidade e humildade. Beijou crianças! Beijou pés e beijou o chão! Usou vestimentas simples. Abandonou os adornos papais. Combateu as desigualdades sociais.

Descanse em paz, “Franciscus”!

Nós médicos sabemos que a vida e a morte caminham juntas.

Entretanto, a morte de um idoso não nos choca tanto quanto a morte de um jovem.

Diariamente ouvimos notícias de mortes por overdose, acidentes de carro, suicídio, infarto do miocárdio etc.

São pessoas hígidas que no minuto seguinte perdem a vida. É o golpe do destino!

Os velhos por serem mais experientes enfrentam a morte com mais naturalidade, seriedade e sabedoria.

Eles sabem que na vida o mais importante é deixar o exemplo. Um legado a família, aos amigos e aos discípulos.

Um velho aforisma expressa bem esta condição humana.

“A morte é a única certeza que temos na vida.”

Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e professor universitário

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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