Brasil A inflação para o consumidor desacelerou na segunda semana de fevereiro
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2019
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) variou 0,34% na segunda semana de fevereiro, 0,19 ponto percentual abaixo da taxa registrada na apuração anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (18) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para a desaceleração do índice partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (1,73% para 0,40%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 4,10% para 2,35%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (0,32% para 0,07%), Habitação (0,43% para 0,40%), Alimentação (0,77% para 0,73%), Comunicação (0,53% para 0,34%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,25%) e Despesas Diversas (0,32% para 0,23%).
Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens tarifa de ônibus urbano (3,32% para 2,62%), taxa de água e esgoto residencial (0,48% para 0%), frutas (6,66% para 5,09%), pacotes de telefonia fixa e internet (2,32% para 1,50%), artigos de higiene e cuidados pessoais (-0,22% para -0,55%) e alimentos para animais domésticos (0,57% para -0,24%).
Em contrapartida, apenas o grupo Vestuário (-0,85% para -0,70%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação. Nessa classe de despesa, vale citar o comportamento do item calçados, cuja taxa passou de -0,63% para -0,38%.
IGP-10
O IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) variou 0,40% em fevereiro, após queda de 0,26% em janeiro, segundo a FGV. A taxa acumulada em 2019, até fevereiro, é de 0,14% e, em 12 meses, é de 6,98%. Em fevereiro de 2018, o índice havia registrado elevação de 0,23% e acumulava queda de 0,42% em 12 meses.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) variou 0,40% em fevereiro, ante -0,59% em janeiro. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram em média 0,49% em fevereiro, após alta de 0,57% em janeiro. A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,46% para -0,81%. O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,07% em fevereiro. No mês anterior, a taxa foi de 0,46%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,55% em janeiro para -0,14% em fevereiro. A principal contribuição para a taxa menos negativa partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -8,81% para 3,17%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,67% em fevereiro, ante -0,29% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas subiu 0,98% em fevereiro, após queda de 0,78% em janeiro. A contribuição para esse movimento partiu dos seguintes itens: minério de ferro (1,51% para 6,71%), leite in natura (-6,85% para 2,18%) e cana-de-açúcar (-0,46% para 1,81%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens soja em grão (-3,22% para -4,59%), bovinos (1,41% para -0,87%) e algodão em caroço (2,84% para -1,26%).
