Sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2018
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) recuou em todas as capitais pesquisadas pela FGV (Fundação Getulio Vargas) na terceira semana de julho, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (24). Em Porto Alegre, o índice teve variação de 0,26%. O resultado foi 0,39 ponto percentual inferior ao verificado na semana anterior.
Nesta apuração na Capital gaúcha, sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos Vestuário e Educação, Leitura e Recreação, cujas taxas passaram de -0,01% para -2,09% e de 1,69% para 1,08%, respectivamente.
A inflação para o consumidor também caiu em Salvador (de 0,83% para 0,58%), Brasília (de 0,63% para 0,28%), Belo Horizonte (0,97% para 0,54%), Recife (0,56% para 0,30%), Rio de Janeiro (0,68% para 0,43%) e São Paulo (0,55% para 0,34%).
Boletim Focus
Analistas do mercado financeiro reduziram pela segunda semana seguida a estimativa de inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano no País, de acordo com o Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (23) pelo BC (Banco Central). A previsão caiu de 4,15% para 4,11%.
Já com relação ao PIB (Produto Interno Bruto), os economistas mantiveram em 1,50% a previsão de crescimento para este ano. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Em seu último Relatório de Inflação, o BC reduziu a previsão oficial de crescimento da economia em 2018 de 2,6% para 1,6%. Na sexta-feira (20), o governo também revisou a previsão de crescimento do PIB de 2018 de 2,5% para 1,6%. Assim, o mercado financeiro segue menos otimista que o governo com relação a previsão de crescimento da economia para este ano.
Os economistas ouvidos pelo BC não alteraram as suas previsões de inflação e PIB para os próximos dois anos. Para 2019, a previsão de inflação ficou em 4,11% e a previsão de crescimento do PIB em 2,50%. Para 2020, o mercado estima uma inflação de 4% e manteve em 2,50% a previsão de crescimento da economia. Já para 2021, os economistas reduziam a previsão da inflação de 4% para 3,95%, mas mantiveram a previsão de crescimento do PIB em 2,50%.
Taxa de juros
Os analistas do mercado financeiro também mantiveram, pela oitava semana seguida, em 6,50% ao ano a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, no final de 2018. Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Já para 2020 e 2021, a previsão é de manutenção da taxa em 8% ao ano.
Os analistas ouvidos pelo Boletim Focus também não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2018, que ficou estável em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, a previsão para o dólar subiu de R$ 3,68 para R$ 3,70. Já a previsão do dólar para o fechamento de 2020 subiu de R$ 3,64 para R$ 3,67. Para o fechamento de 2021, passou de R$ 3,70 para R$ 3,71 por dólar.