Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de abril de 2018
O IPC-S (Índice de Preço ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,32% na terceira semana de abril, 0,03 ponto percentual abaixo da taxa registrada na semana anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (0,44% para 0,30%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,78% para 1,10%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,28% para 0,23%), Educação, Leitura e Recreação (0,13% para 0,02%) e Transportes (0,26% para 0,24%). Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens frutas (6,97% para 5,75%), salas de espetáculo (1,63% para 1,33%) e etanol (0,65% para -0,10%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,73% para 0,98%), Vestuário (0,44% para 0,47%), Comunicação (0,05% para 0,07%) e Despesas Diversas (-0,03% para -0,01%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.
Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens medicamentos em geral (0,91% para 1,48%), calçados (-0,11% para 0,11%), mensalidade para TV por assinatura (0,23% para 0,65%) e serviço religioso e funerário (0,15% para 0,27%), respectivamente.
Inflação
A expectativa dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou em relação ao mês anterior ao passar de 5,3% para 5%, o menor nível desde agosto de 2007 (4,9%). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve recuo de 2,5 pontos percentuais, segundo a FGV.
“A queda na expectativa de inflação dos consumidores está em linha com o que foi previsto em meses anteriores e reflete o momento de estabilidade da inflação. Para os próximos meses, espera-se que o indicador de expectativa de inflação continue caindo, refletindo o bom momento do nível geral de preços da economia”, afirmou o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV IBRE.
Na distribuição por faixas de inflação prevista, 47,1% dos consumidores projetaram valores dentro dos limites de tolerância (3% a 6%) da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano. A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior (3%) permaneceu estável, em 23,5% do total. O intervalo mais citado pelos consumidores foi aquele entre o limite inferior (3%) e a meta (4,5%), mencionado por 26,4% dos entrevistados.
A expectativa de inflação recuou em todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda acima de R$ 9,6 mil, cuja inflação prevista mantém-se estável em 4% pelo quarto mês consecutivo. A maior queda ocorreu na faixa de consumidores com renda familiar até R$ 2,1 mil, cujas expectativas de inflação passaram de 6,4% em março para 5,8% em abril, o menor nível desde setembro de 2007.