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A internet corre no fundo dos oceanos em cabos que cruzam continentes

A maior parte da internet do mundo corre por cabos submarinos gigantescos esticados no fundo do oceano. (Foto: Freepik)

Quando você manda um “bom dia, grupo” ou compartilha um meme de gatinho, a mensagem não flutua no ar como mágica nem viaja em satélites cheios de lasers coloridos como em filme de ficção científica. A maior parte da internet do mundo — mais de 95% — corre por cabos submarinos gigantescos esticados no fundo do oceano. Isso mesmo, seu meme provavelmente cruzou o Atlântico enrolado em fibra ótica, passando perto de tubarões, lulas gigantes e restos do Titanic.

Sanduíche tecnológico

Os cabos submarinos parecem fios grossos, mas por dentro são um verdadeiro sanduíche tecnológico: camadas de aço, plástico, isolamento e, no miolo, fibras de vidro finíssimas que carregam a luz (e as dancinhas). Cada cabo pode ter milhares de quilômetros de extensão — alguns ligam continentes inteiros.

Tubarões com fome de internet

Reza a lenda — confirmada por alguns engenheiros — que tubarões já morderam cabos submarinos, possivelmente atraídos pelos campos elétricos. Em média, os cabos podem durar até 25 anos, mas podem também ser danificados por âncoras ou terremotos.

O delivery de cabos

Esses cabos são colocados por navios especializados que vão desenrolando a linha como quem solta pipa… só que no fundo do mar. Quando o cabo precisa “subir para manutenção”, outro navio vem, pesca o fio com um gancho gigante, e engenheiros fazem conserto como se fosse oficina mecânica subaquática.

Quem cuida?

Os cabos são financiados por consórcios de empresas de telecomunicações e gigantes da tecnologia. Google, Meta e Amazon, por exemplo, têm seus próprios cabos particulares.

Mas e os satélites?

Satélites até ajudam, principalmente em áreas isoladas. Mas para dar conta do tráfego de bilhões de vídeos, reuniões online e streams de série, só os cabos submarinos dão conta. Pense neles como a estrada principal e nos satélites como as estradinhas auxiliares.

Na próxima vez que sua internet cair, pode ser um cabo submarino esteja sendo mordido por um tubarão curioso ou puxado para manutenção. Enquanto isso, seguimos conectados à verdadeira teia mundial. (Alexandre Fontoura/Jornal Extra)

 

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