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Por Redação O Sul | 10 de março de 2020
O número de mortes na Itália por causa do novo coronavírus subiu para 631, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo chefe da Defesa Civil do país, Angelo Borrelli, o que representa 168 a mais do que as que tinham sido confirmadas até segunda-feira (9).
Ainda segundo os dados, os casos ativos de contaminação pelo covid-19 chegaram a 8.514 no país. Além desses, outros 1.004 se referem a pessoas que foram curadas, elevando o total de todas as infecções desde o início da crise para 10.149.
Todas as 168 mortes registradas nessas 24 horas ocorreram na região da Lombardia, onde já haviam falecido 468 pessoas desde o início da crise do coronavírus que se espalhou por diversos países.
Borrelli afirmou que, dessas 168 mortes, 2% são de pessoas na faixa de 50 a 59 anos; 8% na de 60 a 69 anos; 32% na faixa de 70 a 79 anos; 45% na faixa de 80 a 89 anos e 14% entre maiores de 90 anos.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, reuniu-se hoje com os líderes dos partidos da oposição para debater a situação e, no decorrer das conversas, assegurou que o governo “continuará disponível, como tem feito até agora, para tomar todas as medidas necessárias para conter rigorosamente a propagação do surto e para atualizar constantemente estas medidas”.
Esta terça-feira marcou o primeiro dia da quarentena imposta a todo o país para tentar controlar a disseminação da doença. O governo solicitou que todos os italianos fiquem em casa e evitem viagens não-essenciais até o dia 3 de abril, ampliando radicalmente medidas já tomadas em grande parte do norte, região mais rica do país, e que é a principal área afetada pela epidemia.
Embora a Lombardia, no norte, responda por 74% das vítimas fatais do vírus, a doença agora chegou ao país inteiro e o governo teme que se o quadro piorar, o sistema de saúde no sul, menos preparado, possa entrar em colapso, causando altas dramáticas nos números de mortos.
Pontos turísticos de Roma, incluindo a Fontana de Trevi e o Panteão, estavam quase totalmente vazios na terça-feira, enquanto o Vaticano fechou a Praça de São Pedro e a Basílica de São Pedro para os turistas. A polícia pediu que turistas voltassem aos seus hotéis.
Durante pelo menos três semanas, viajantes no país terão de preencher uma declaração com suas justificativas e levá-la consigo. Eventos ao ar livre, incluindo de esportes, foram proibidos, enquanto bares e restaurantes terão de fechar às 18h. Escolas e universidades permanecerão fechadas até 3 de abril.
Todos os 27 países da União Europeia (UE) tiveram ao menos um caso confirmado de Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus. Em todo o mundo, segundo a France Press, pelo menos 107 países confirmaram casos.
Reino Unido
Uma subsecretária da Saúde do Reino Unido e deputada conservadora anunciou nesta terça que foi diagnosticada com coronavírus. Nadine Dorries, a primeira parlamentar a ter um resultado positivo, disse que tomou todas as precauções recomendadas após descobrir e se isolou em casa.
Dorries ocupa o posto de subsecretária da Saúde para Segurança dos Pacientes, Prevenção ao Suicídio e Saúde Mental. O departamento é subordinado à Secretaria de Estado de Saúde do Reino Unido, comandada por Matt Hancock, que tem um cargo equivalente ao de ministro no Brasil.
O anúncio foi feito no mesmo dia em o país registrou a sexta morte por coronavírus. O Reino Unido já conta com um total de 382 casos.
A última pessoa a morrer foi um homem de mais de 80 anos, que já tinha um histórico de problemas de saúde. As informações são da emissora internacional de notícias da Alemanha Deutsche Welle.