Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2020
A Itália contabilizou 8.913 diagnósticos positivos para o novo coronavírus e 305 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde neste domingo (27). Com isso, o país soma 2.047.696 casos de covid-19 e 71.925 óbitos desde o início da pandemia.
O número de casos diários é o menor desde 16 de outubro, quando 10.010 contaminações haviam sido registradas. Porém, houve uma quantidade de testes muito menor do que nas últimas semanas: foram 59.879 exames feitos contra 81.285 realizados um dia antes.
Os números anunciados incluem a atualização feita pela Província Autônoma de Bolzano, que por problemas técnicos, não havia informado seus dados no sábado (26). A quantidade de pessoas curadas foi de 7.798, elevando para 1.394.011 o total de recuperados da covid-19 e houve uma nova alta nos casos ativos, de 817, somando 581.760 pessoas lutando contra a doença.
A maior parte delas, 555.609, está em isolamento domiciliar; 23.571 estão internadas em diversos departamentos médicos e 2.580 estão em unidades de terapia intensiva. Os números vem apresentando constante queda desde a implementação de uma nova classificação restritiva na Itália, que divide as regiões por quantidade de contágios, implantada em 3 de novembro.
Para o fim do ano, no entanto, o governo determinou que todo o território esteja na faixa vermelha, de lockdown, nos dias festivos, e na faixa laranja nos dias úteis. Também neste domingo, a Itália começou sua campanha de vacinação anti-covid com os profissionais de saúde.
Vacinação
A Itália iniciou a vacinação contra o coronavírus Sars-CoV-2 neste domingo, assim como praticamente todos os países da União Europeia, no Instituto Lazzaro Spallanzani, de Roma. A primeira a receber a dose do imunizante da farmacêutica Pfizer e do laboratório alemão BioNTech foi a enfermeira Claudia Alivernini, 29 anos, às 7h20 (3h20 no horário de Brasília). “Tenho consciência que hoje [domingo, 27] é um dia importante e decisivo. A ciência e a medicina são as únicas coisas que nos permitirão sair desse vírus. Eu digo de coração: vacinem-se”, afirmou Alivernini assim que tomou sua primeira dose.
Depois da enfermeira, foram vacinados o operador sanitário Omar Altobelli e a diretora do laboratório de virologia do Spallanzani, Maria Rosaria Capobianchi, no mesmo local. As vacinações do “Dia V”, uma data simbólica que marca o início da imunização na União Europeia, também foram realizadas em diversas outras regiões italianas. “Me sinto muito bem. A escolha foi uma escolha muito natural. Me ofereci para ser vacinada e fui escolhida como uma das primeiras como símbolo para que confiem e creiam nessa escolha, para que seja exemplo para outros operadores sanitários, mas também para toda a população. Precisamos confiar na ciência, não podemos nos excluir disso”, disse Capobianchi.
Já Altobelli disse se sentir “emocionado” e que quer ser um “exemplo” para os italianos confiarem na vacinação. “Agora, cuidar dos pacientes com Covid será diferente. Começa hoje, seguramente, uma mensagem de esperança e confiança na ciência que hoje temos vacina. Olhamos para o futuro de maneira mais positiva e positiva no bom sentido”, acrescentou.
O Spallanzani informou que, ao todo, vacinará 130 trabalhadores da saúde – o primeiro grupo a receber os imunizantes BNT 162b. As primeiras 9.750 doses da vacina da Pfizer/BioNTech foram enviadas para todo o país com o apoio das forças armadas. No entanto, a imunização em massa deve começar, de fato, no início de 2021 e deve atingir o objetivo do governo no fim do primeiro semestre. O premiê da Itália, Giuseppe Conte, usou sua conta no Twitter para comemorar o início da vacinação anti-covid.