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Mundo A Justiça decretou a prisão de pai de ex-primeiro-ministro da Itália

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Tiziano Renzi (foto) e a mulher são acusados de fraude fiscal em três empresas. (Foto: Reprodução)

A Procuradoria de Florença (Itália) decretou nesta segunda-feira (18) a prisão domiciliar de Tiziano Renzi e de sua mulher, Laura Bovoli, acusados de emissão de faturas falsas em suas empresas. Tiziano é pai do ex-primeiro-ministro da Itália Matteo Renzi, que comandou o país de 2014 a 2016.

A ordem de prisão foi realizada pela Guarda de Finanças pelos crimes de “falência fraudulenta e faturas falsas”. Os dois são acusados de causar “voluntariamente” a falência de três empresas depois de terem obtido milhões de euros de forma ilegal. O vice-presidente de uma das cooperativas, Gian Franco Massone, também foi detido. A decisão decorre de uma investigação conduzida pelo promotor Giuseppe Creazzo, junto com o Ministério Público, na qual revelou infrações nas três companhias: Delivery, Europe Service Srl e Marmodiv.

“Os suspeitos causaram a falência da empresa como resultado de operações maliciosas que consistem na falha sistemática no pagamento de contribuições para a segurança social e impostos”, diz a acusação.

O casal já estava sob investigação desde que o empresário italiano Luigi Dagostino, de Puglia, alegou ter sido alvo de fraude fiscal. No processo, as empresas de Renzi foram contratadas para realizar estudos de viabilidade para o centro comercial The Mall. No entanto, segundo o inquérito, tais análises não foram feitas, mas a empresa recebeu o pagamento acordado no contrato.

Uma das faturas equivale ao valor de € 20 mil, enquanto que a outra era de € 40 mil. Pouco tempo depois de a notícia da prisão vir à tona, o ex-premier italiano cancelou um compromisso público, no qual apresentaria seu novo livro.

“Tenho grande confiança na justiça italiana. Todos os cidadãos são iguais perante a lei”, disse Matteo Renzi. Ao comentar a decisão judicial, o atual vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, afirmou que não há “nada para comemorar”.

Imunidade a Salvini

Os membros do antissistema M5S (Movimento 5 Estrelas), maior partido do Parlamento da Itália, decidiram nesta segunda não dar prosseguimento ao processo contra o ministro do Interior e vice-premiê, Matteo Salvini, que é acusado de sequestro, abuso de poder e prisão ilegal. A decisão foi tomada após votação online na plataforma da legenda, “Rousseau”, que ocorreu das 10h às 21h30min (horário local).

Ao todo, 59,05% dos votos foram contrários ao processo e 40,95% a favor. Cerca de 52.417 pessoas responderam a pergunta “O atraso no desembarque do navio Diciotti, para redistribuir os migrantes nos vários países europeus, aconteceu para proteger um interesse do Estado?”. A resposta “sim”, que garantiria a “imunidade” a Salvini, obteve 30.948 votos (59,05%) enquanto a “não”, que concederia autorização para prosseguir com o processo, recebeu 21.469 votos (40,95%).

Com isso, a maioria decidiu que a apreensão do navio ocorreu para a proteção de um interesse do Estado, informou o M5S em seu blog oficial. Salvini, por sua vez, agradeceu a confiança. “Não é que eu esteja abrindo um vinho de espumante ou ficaria deprimido se eles votassem contrário. Eu estaria disponível para enfrentar qualquer outro voto, não tenho problemas. Tenho uma consciência limpa”, disse.

O inquérito contra o vice-premiê corre no Tribunal dos Ministros de Catânia e diz respeito ao caso do navio Diciotti, que passou cinco dias bloqueado na Sicília com mais de 150 migrantes a bordo, em agosto passado. Para prosseguir, no entanto, a investigação precisa ser autorizada pelo Senado, já que Salvini também é senador e tem foro privilegiado. O M5S, que governa a Itália em aliança com a Liga e sempre teve o fim da imunidade parlamentar como uma de suas bandeiras, teria que garantir 107 votos (de um total de 320) para o julgamento não acontecer.

 

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