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Brasil A Justiça do Distrito Federal negou o pedido de transferência do ex-ministro Geddel Vieira Lima para a prisão domiciliar ou militar

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Decisão levou em conta que o presídio da Papuda não oferece riscos. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A Justiça do Distrito Federal negou o pedido da defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima para que ele fosse transferido para prisão domiciliar ou, como alternativa, para uma unidade militar. De acordo com os seus advogados, ele tem sofrido ameaças de outros detentos do complexo penitenciário da Papuda (DF), onde cumpre prisão preventiva.

Ao negar a solicitação, a juíza Lelia Cury, da Vara de Execuções Penais, refutou a hipótese de que Geddel corra algum tipo de risco na cadeia. Ela também avaliou que o ex-ministro é mantido encarcerado no local de forma adequada, em uma ala reservada aos presos que possuem diploma de curso superior.

“É essencial registrar que as medidas necessárias ao resguardo da integridade física do custodiado vêm sendo adotadas pela direção da unidade prisional em que ele se encontra, não havendo, até o presente momento, qualquer notícia de que essa segurança tenha sido violada de alguma forma”, escreveu a magistrada.

Amigo pessoal do presidente Temer, ele deixou o governo sob acusação de pressionar o então titular da Cultura, Marcelo Calero, para viabilizar um empreendimento imobiliário na Bahia, Estado de Geddel. Também ocupou a Vice-Presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal no governo da então presidenta Dilma Rousseff (2011-2016), fruto de uma indicação do PMDB. No governo Lula, ele comandou do Ministério da Integração Nacional entre 2007 e 2010.

Reencontro

De volta ao presídio da Papuda na sexta-feira da semana passada, três dias depois de a polícia encontrar R$ 51 milhões em cédulas de real e dólar em um imóvel supostamente utilizado por ele, Geddel reencontrou os mesmos companheiros de cela da primeira vez em que esteve no local, dois meses antes, quando foi preso por obstrução de Justiça.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o político baiano divide cela com nove presos, exatamente os mesmos da outra vez. A capacidade da cela é para 12 pessoas, com quatro camas tipo “treliches”. Há no espaço apenas chuveiro frio e um local para necessidades fisiológicas.

Geddel está no mesmo presídio de Lúcio Funaro, pessoa que foi determinante para a decisão da Justiça da primeira prisão do peemedebista. Preso desde julho do ano passado, Funaro é apontado pelas investigações como operador do ex-deputado Eduardo Cunha e de todo o PMDB na Câmara.

Eles estão em alas separadas na Papuda e sem permissão para se encontrar. ambos têm direito a duas horas por dia de banho de sol, mas em momentos diferentes.

Réu

Geddel é réu em processo em que é investigado por obstrução de Justiça. O ex-ministro é suspeito de tentar impedir que o doleiro Lúcio Funaro fizesse uma delação premiada. Na denúncia apresentada à Justiça Federal, o MPF (Ministério Público Federal) afirmou que o ex-ministro teria tentado atrapalhar a Operação Cui Bono.

O episódio levou à prisão preventiva de Geddel em julho deste ano. Ele cumpria prisão domiciliar na capital baiana, a pouco mais de um quilômetro de onde foi encontrado o dinheiro. O ex-ministro também é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas interessadas na liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal.

 

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