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Brasil A Justiça federal converteu a prisão de um diretor da General Eletric de temporária para preventiva

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Provas foram encontradas na casa de Daurio Speranzini Junior. (Foto: Divulgação)

A Justiça federal converteu a prisão temporária do ex-executivo da Philips e atual CEO da GE (General Eletric) para a América Latina, Daurio Speranzini Junior, em prisão preventiva nesta sexta-feira (6). A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

A prisão temporária é válida por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, para que sejam coletadas mais provas e, em seguida, possa ser pedida ou não, a prisão preventiva. Esta última, sem prazo determinado, pode ser pedida quando se encontre ligações diretas do preso ao delito investigado. O objetivo da prisão preventiva é impedir que o preso atrapalhe o andamento das investigações.

No caso de Speranzini, a prisão preventiva foi pedida após a polícia encontrar diversos materiais em sua casa, incluindo um dossiê contra um denunciante de seus crimes.

“Direcionamento”

Em depoimento à PF (Polícia Federal) prestado em São Paulo, o preso afirmou que havia “direcionamento” nas licitações na Saúde do Rio, confirmou a existência de um “esquema” durante seu período na Philips e acusou concorrentes. Ele não assumiu, porém, que tenha participado das irregularidades, como suspeita a Força Tarefa da Operação Lava-Jato no Rio.

Speranzini afirmou ser “muito claro” o direcionamento nas licitações para empresas relacionadas com a marca Oscar Iskin, do empresário Miguel Iskin, apontado pela Força Tarefa da Lava-Jato como mentor do cartel que fraudaria licitações na Saúde do Rio. Apesar de a Lava-Jato afirmar que o executivo “permaneceu com as práticas ilícitas” após entrar na GE, o depoimento foi focado especialmente na atuação dele na Philips.

Speranzini e Iskin foram presos ontem, dentro da operação Ressonância, que investiga fraude em licitações que movimentaram mais de 1 bilhão de reais na Secretaria Estadual de Saúde do Rio e do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia).

Daurio Speranzini relatou que, quando era da Philips, havia “pressões de todos os lados” para entrar no “esquema”. E que teria sido até ameaçado, quando recebeu um telefonema e ouviu que seria “fácil saber onde seus filhos estudam”. O CEO da GE disse que, na antiga empresa, havia uma “comissão”, registrada em contrato, paga para terceiros intermediarem vendas para órgãos públicos, o que, “acredita”, não acontecia nas vendas da empresa no exterior. Ele contou, no entanto, que o pagamento era feito apenas em 10% dos casos.

Speranzini negou ter pago propina ou ter cedido às pressões. Concorrentes, no entanto, teriam sido beneficiadas. Afirmou que “era claro” o direcionamento nas licitações para empresas específicas, como a Siemens – que não é investigada, até agora, nesta fase da Lava-Jato.

Na casa do executivo, foi encontrado, ontem, um “dossiê” contra José Israel Masiero Filho. No depoimento, a PF quis saber do que se tratava. Speranzini disse que pediu o levantamento a um amigo “ex-policial federal”, Carlos Toschi Neto.

“Isso porque foi apreendido pelas autoridades policiais um relatório específico sobre a pessoa de Israel Masiero e sua família, datado de 20 de junho de 2018. Salienta-se que Israel é ex-funcionário da PHILIPS e principal testemunha sobre os fatos ilícitos supostamente perpetrados pela empresa no setor das licitações do INTO. Além disso, Israel afirmou que levou ao conhecimento dos dirigentes da citada pessoa jurídica, inclusive DAURIO, as negociações irregulares que vinham ocorrendo no âmbito dos procedimentos licitatórios do INTO”, afirmou o juiz Marcelo Bretas.

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https://www.osul.com.br/a-justica-federal-converteu-a-prisao-de-executivo-da-general-eletrics-de-temporaria-para-preventiva/ A Justiça federal converteu a prisão de um diretor da General Eletric de temporária para preventiva 2018-07-06
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