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Brasil A Justiça nega soltar suspeito de envolvimento na invasão de celulares de autoridades

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Danilo Marques (foto) está preso desde 23 de julho. Para juiz, ele participou de estelionatos com os demais alvos da Polícia Federal. (Foto: Reprodução de TV)

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, negou nesta segunda-feira (12) soltar Danilo Cristiano Marques, um dos investigados por suspeita de envolvimento na invasão de celulares de autoridades. Danilo Marques está preso desde 23 de julho, quando a PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Spoofing. Outras três pessoas também foram presas.

No último dia 1º, a Justiça converteu a prisão dos quatro de temporária (prazo de 10 dias) para preventiva (sem prazo). Na decisão, Ricardo Leite argumentou que manter as prisões era necessário em razão da “periculosidade evidente da organização criminosa”.

Ao analisar o habeas corpus, o juiz afirmou ser possível concluir que Danilo Marques participou de “fraudes bancárias e estelionatos” praticados pelos demais alvos da Operação Spoofing e acrescentou que ainda é “cedo” para dizer que essas fraudes não têm relação com o ataque hacker.

“É cedo para afirmar que tais práticas não têm relação com as invasões de contas de aplicativo de autoridades públicas, uma vez que não foi esclarecida: a motivação de Walter Delgatti para o acesso das contas Telegram, a possível relação com as fraudes bancárias e em que consistiu a participação de cada investigado”, escreveu o magistrado.

Walter Delgatti a quem Ricardo Leite se refere é Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”, que prestou depoimento à Polícia Federal e afirmou ter acessado celulares de autoridades como o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, quando ele ainda era juiz da Operação Lava-Jato, e o procurador Deltan Dallagnol. No depoimento, Delgatti Neto também disse que repassou o material ao jornalista Glenn Greenwald, que não editou o material nem recebeu pagamento.

Argumentos do juiz

Ao analisar o caso de Danilo Marques, Ricardo Leite afirmou que um dos IPs (número que identifica o computador na rede) utilizados por Walter Delgatti para invadir os celulares de autoridades foi localizado em um imóvel alugado em nome de Danilo Marques. Além disso, destacou o juiz, ainda não foi esclarecido se os 60 chips encontrados com Danilo Marques foram utilizados no ataque hacker.

“Não se descarta a hipótese de que Walter obtinha os dados cadastrais das vítimas via invasão por aplicativo e repassava ao bando para a prática de estelionatos e fraudes bancárias”, conclui o magistrado.

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