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Brasil “A liberação do aborto só servirá aos ricos”, disse uma candidata do MDB ao Senado

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A psicóloga Cidinha Raiz é candidata do MDB ao Senado por São Paulo. (Foto: Reprodução)

Candidata do MDB ao Senado por São Paulo, a psicóloga Cidinha Raiz exalta o fato de ser mulher e negra como características que lhe darão sensibilidade para tratar de questões ligadas a gênero e raça.

Cidinha vai na contramão de uma das causas feministas, a flexibilização das leis do aborto, mas relativiza o feminismo. “Enquanto elas estavam queimando sutiã tinha uma negra cuidando da casa e do filho delas, mas não foi beneficiada com carteira de trabalho assinada”, afirma. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A candidata defende que a mulher tem de ser responsável pelo próprio corpo e que é preciso educar a juventude sobre como respeitar as mulheres e usar métodos contraceptivos.

Questionada sobre o que pensa do aborto, ela disse: “As mulheres falam hoje que elas morrem porque vão em clínicas clandestinas. Mas o que a gente sente é que quem está puxando essa campanha são mulheres ricas. Jovens ricos que querem fazer o que bem entendem com o seu corpo sem ter responsabilidade. Hoje tem informação na internet, tem camisinha em qualquer lugar e pílula. Achar que governo é responsável pelo corpo da mulher é um equívoco. A lei já prevê casos em que foge à responsabilidade da mulher, como estupro. Sou pela educação, por educar os meninos para respeitar as mulheres”.

Sobre não defender a flexibilização do aborto, que é uma bandeira feminista, a candidata afirmou: “Quem defende legalização é quem quer [fazer aborto no] Einstein e sair pela porta da frente sem responder por crime. As negras pobres de periferia, meninas do funk que se relacionam com dez meninos por noite, vão continuar engravidando e morrendo. Mesmo se fizerem aborto, não têm como bancar medicação, repouso uma série de coisas. O que dá conta disso é educação. As feministas dizem que salvaram as mulheres queimando sutiã nos anos 60. As mulheres negras desde 1540 lutam por liberdade. É o feminismo negro. Enquanto elas estavam queimando sutiã, tinha uma negra cuidando da casa e do filho delas, mas não foi beneficiada com carteira de trabalho assinada. Quando fiquei grávida, tive problemas com o pai do meu filho e as pessoas perguntavam se eu ia abortar. Eu teria perdido a oportunidade de conviver com alguém brilhante, que é meu filho”.

Questionada sobre questão das drogas, Cidinha Raiz declarou: “Se liberar, abre um espaço que ninguém sabe onde vai dar. Ninguém garante que vai acabar com o tráfico. Tem que trabalhar os jovens para ficar longe das drogas. Mas o uso medicinal precisa liberar. Teve mãe que precisou traficar o tratamento da cannabis para o filho que tinha espasmos da epilepsia mais severa. Eles conseguiram importar como medicamento. Cada erva tem um princípio ativo, mas tem que fazer pesquisa porque sem isso não há como dizer se isso serve e para que serve. Se em algum lugar no mundo já tem alguém que avançou um pouco, temos que trazer essa tecnologia e fomentar isso para tirar do sofrimento pessoas que têm algum tipo de deficiência”.

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