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Brasil A mãe do jovem asfixiado por um segurança em um supermercado no Rio de Janeiro entrou com uma representação por lesão corporal

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O vigilante Davi Ricardo Moreira Amâncio, 32 anos. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A mãe de Pedro Henrique Gonzaga, Dinalva de Oliveira, compareceu nesta quarta-feira (20) à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ela foi formalizar uma representação de lesão corporal contra o segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, acusado da morte de Pedro, por imobilização seguida de asfixia, numa filial do supermercado Extra.

Segundo o advogado da família, Marcello Ramalho, ela disse no depoimento que foi empurrada pelo segurança quando tentou separar a briga e ficou com o braço machucado. Na terça (19), ela fez exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal).

“No momento em que ela tenta tirar o segurança de cima do filho dela, o segurança Davi faz um movimento brusco com o braço e ela rola no chão, lesionando o cotovelo esquerdo”, disse Ramalho.

Pela manhã, dois funcionários do supermercado prestaram depoimento 

Davi Ricardo e outros seguranças foram chamados para prestarem depoimento na DH. Os outros dois seguranças trabalhavam no momento em que Davi Ricardo imobilizou e asfixiou o jovem Pedro Henrique, que morreu em decorrência da ação violenta.

Eles são acusados por omissão de socorro, mas se o caso mudar da acusação de homicídio culposo para doloso, quando há a intenção de matar, eles também podem receber essa acusação.

A omissão de socorro é porque a ação de asfixia prosseguiu mesmo após Davi Ricardo ser alertado, reiteradamente, de que o jovem já estava desacordado e em processo de cianose. Além disso, eram os responsáveis no momento por resguardar as vidas no local e nada fizeram para impedir uma morte.

Eles chegaram pela manhã, acompanhados de dois advogados. O nome deles não foi divulgado. O delegado do caso, Antônio Ricardo Lima Nunes, explicou, na terça, que os dois já irão responder por omissão de socorro.

“Essa análise inicial que fizemos aponta que houve no mínimo omissão de socorro, mas havendo mudança de culposo para doloso, os seguranças que estão ao redor e nada fazem para impedir aquele resultado poderão responder por homicídio doloso também, já que eram os agentes garantidores daquela vida naquele instante”.

Agressão

O advogado da família, Marcello Ramalho, disse que a mãe ainda está muito abalada e a família espera que o resultado da investigação demonstre o dolo da ação.

“Não milita em favor do acusado qualquer cláusula de justificação que ampare a conduta dele. Ele agiu com dolo extremo. Ao promover a constrição na área do pescoço, aonde temos a artéria aorta, que é responsável por conduzir o sangue até o cérebro, ele, de uma forma extrema, assume aquele risco de produzir o resultado morte na vítima”.

O advogado diz que Pedro Henrique já estava em processo de cianose, ou seja, estava ficando roxo, e, mesmo assim, o segurança continuou com a asfixia. Há relatos de que o rapaz, que era usuário de drogas, estava sendo levado para uma clínica de reabilitação em Petrópolis quando foi morto.

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