Terça-feira, 07 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2020
A maior fabricante de vacinas do mundo por volume anunciou que solicitará uma licença de emergência para uma vacina contra o coronavírus dentro de duas semanas. O diretor-executivo do Serum Institute of India, Adar Ponnawala, também confirmou que a gigante com sede em Pune poderá produzir no início de 2021 pelo menos 100 milhões de doses da Covishield, vacina desenvolvida pela Astrazeneca e a Universidade de Oxford.
Poonawalla fez a declaração após uma visita a uma instalação da empresa ao lado do primeiro-ministro Narendra Modi, cujo governo quer entre 300 e 400 milhões de doses até julho do próximo ano, enquanto o país luta contra um novo aumento da pandemia. Segundo país mais afetado por contágios depois dos Estados Unidos, a Índia deve superar 10 milhões de casos no início de dezembro.
Dúvidas
A AstraZeneca disse que precisa de mais pesquisas sobre a vacina depois que os cientistas expressaram dúvidas sobre a eficácia da Covishield.
“Houve um pouco de confusão na comunicação e isso será explicado nos próximos dias”, disse Poonawalla. “Mas não afetada a licença do uso de emergência no Reino Unido e não deverá afetar em absoluto aqui na Índia”, afirmou.
“Estamos no processo de solicitar uma licença de uso de emergência nas próximas duas semanas”, explicou. Poonawalla disse que o instituto já estava produzindo entre 50 e 60 milhões de doses por mês e, depois de janeiro-fevereiro, aumentará para 100 milhões de doses mensais.
O Serum Institute se concentrará primeiro na produção para a Índia e os mais de 150 países da aliança Covax que concordaram em trabalhar juntos na distribuição de vacinas.
AstraZeneca e a Universidade de Oxford garantem que sua vacina é mais barata que as rivais e mais fácil de ser armazenada e distribuída porque pode ser manipulada em temperaturas mais elevadas.
Reino Unido
O Reino Unido está prestes a se tornar o primeiro país ocidental a aprovar uma vacina para a covid-19. e iniciar a iniciar a imunização. De acordo com o jornal Financial Times, o imunizante desenvolvido pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech em parceria com a farmacêutica Pfizer deve receber a aprovação da agência regulatória do país nos próximos dias. O governo britânico afirmou que a distribuição da vacina deve começar horas após a sua liberação e as primeiras injeções podem ocorrer já no dia 7 de dezembro.
O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses do produto – no caso, serão necessárias duas aplicações para garantir a imunização de cada participante. A BioNTech e a Pfizer anunciaram que a sua vacina para o coronavírus apresentou mais de 95% de eficácia na prevenção da doença entre os voluntários.
De acodo com o jornal The Guardian, os hospitais públicos do Reino Unido devem ter as equipas preparadas para começar a receber as primeiras doses entre os dias 7 e 9. O produto da Pfizer deverá ir para os profissionais do serviço nacional de saúde (National Health Service, NHS), que serão também os primeiros a ser vacinados.