Sábado, 11 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2015
A maioria dos deputados que lidera as bancadas de seus partidos na Câmara declarou ser contra o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mesmo se o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir um processo contra ele devido a suspeita de que recebeu propina do esquema de corrupção na Petrobras. Os líderes também disseram não ver motivo para que outros 21 colegas investigados pela Operação Lava-Jato respondam a processo de cassação no Conselho de Ética.
Desde que o lobista Julio Camargo afirmou ter pago 5 milhões de dólares em propina a Cunha, alguns parlamentares têm pedido seu afastamento do comando da Casa. Mas líderes de dez bancadas, que somam 294 deputados (57% do plenário), são contra o afastamento de Eduardo Cunha.
Apenas o nanico PSOL e o PPS defendem o afastamento. “Vou questionar na reunião de líderes a situação do presidente em relação às denúncias gravíssimas que surgiram”, afirmou Chico Alencar (PSOL-RJ).
Impeachment
A maior parte dos líderes partidários da Câmara também declarou não haver motivo para que Cunha dê prosseguimento a um pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, o que, nos bastidores, o peemedebista ameaçava fazer.
Ao todo, 11 líderes de bancadas que somam 298 deputados (58% do total) disseram ser contra a abertura do processo de impedimento da petista. “Não pode-se comprometer o País, o povo brasileiro, a economia, o capital estrangeiro investido aqui, falando uma coisa sem propriedade e sem embasamento jurídico”, disse Celso Russomanno (PRB-SP), que comanda um bloco de 38 deputados formado pelo PRB com outros partidos nanicos.
Apenas o oposicionista DEM apontou já ver elementos suficientes para o pedido de impeachment . “São muito fortes as comprovações de que ela afrontou a Constituição e as finanças públicas”, afirmou Mendonça Filho (DEM-PE). (Folhapress)