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Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2018
A maioria dos cidadãos que foram às urnas no último domingo para o primeiro turno das eleições decidiu com mais de um mês de antecedência em quem iria votar. É o que mostra a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na quarta-feira.
O presidenciável Jair Bolsonaro foi o presidenciável com a maior índice de convicção antecipada: 72% de seus apoiadores disseram ter escolhido o candidato do PSL antes de 30 dias para o pleito de 7 de outubro.
A pelo menos um mês da eleição, a vantagem de Ciro Gomes (PDT) foi a menor entre os cinco candidatos mais bem votados: 47% de seus votos foram decididos neste período. O pedetista, porém, teve uma distribuição de votos maior entre duas semanas e a véspera da eleição, com um percentual sempre superior ao de seus adversários.
Já dentre os eleitores de decisão mais tardia, Geraldo Alckmin (PSDB) concentrou a maior parcela, com 20% de seus votos decididos no próprio dia de ida às urnas.
No próprio dia
O levantamento do Datafolha mostra, ainda, que quase um quinto dos eleitores (18%) declarou ter decidido o voto no fim de semana da eleição. Desses, 6% decidiram na véspera e 12% no dia da eleição.
Ainda neste total, 8% dos entrevistados decidiu o voto para presidente uma semana antes da eleição, enquanto 10% fizeram isso 15 dias antes do pleito. Já a maioria (63%) optou por um ou outro candidato pelo menos um mês antes do pleito.
Por gênero
O índice de eleitores que decidiram o voto para presidente no fim de semana da eleição é mais baixo entre os homens (14%) do que entre as mulheres (23%), e, entre os eleitores de Bolsonaro (11%) do que entre os eleitores de Haddad (18%), de Ciro (22%) e de Alckmin (26%).
Jair Bolsonaro avançou para o segundo turno com a preferência de 46,03% do eleitorado (ou 49,2 milhões). Fernando Haddad, por sua vez, obteve 29,28% dos votos válidos (31,3 milhões).
O instituto Datafolha ouviu 3.235 pessoas para este novo levantamento. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, com um índice de confiabilidade de 95%. O levantamento, contratado pelo jornal “Folha de S.Paulo” e pela Rede Globo, foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o código BR-00214/2018.