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Brasil A maioria dos presidenciáveis rejeita privatizar a Petrobras

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No primeiro semestre de 2018, a Petrobras registrou lucro de 17,033 bilhões de reais. (Foto: Agência Brasil)

A maioria dos pré-candidatos à Presidência, entre eles nomes que defendem o liberalismo econômico, rejeitou a privatização da Petrobras e disse que o governo deve manter o controle da companhia. Dias após a greve de caminhoneiros provocada pela alta no preço dos combustíveis, que gerou desabastecimento no País e levou à troca da presidência da estatal, a privatização foi rechaçada por candidatos de esquerda, centro e direita.

Eles declararam considerar a empresa estratégica e afirmaram não ter intenção de vender o controle acionário. Parte deles também disse ser contra a medida em bancos públicos como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas admitiu a venda de outras estatais.

Só dois dos 11 pré-candidatos sabatinados em evento promovido pelo jornal “Correio Braziliense” e pelo Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil) adotaram posição diversa: o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) e o empresário Flávio Rocha (PRB), do grupo dono das lojas Riachuelo.

Rocha disse ainda que pretende realizar um plano agressivo de privatização da ordem de R$ 700 bilhões caso seja eleito presidente da República. “O Estado não terá posto de gasolina nem terá empresa de entrega de encomenda”, afirmou, em referência a atividades econômicas da Petrobras e dos Correios.

Meirelles defendeu o aumento do capital privado na Petrobras e no Banco do Brasil, empresas de capital misto. Ele afirmou que a perda de controle da União dessas companhias é algo que pode “evoluir com o tempo”, desde que seja assegurada uma administração profissional.

Contrários

O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) fez discurso em defesa das privatizações, mas não incluiu a Petrobras na lista de estatais a serem vendidas por ter “função social”. “Eu tenho a Petrobras como uma empresa estratégica”, afirmou.

O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT) disse que os escândalos de corrupção na estatal não são motivo para entregar o controle da companhia ao setor privado. “Esse País é um dos raros do planeta que têm uma imensa sobra de petróleo, portanto podemos influir centralmente na política mundial. R$ 20 trilhões de riqueza já estão mapeados. Vamos entregar para os estrangeiros em nome de quê? Corrupção? E a Odebrecht é estatal? E a Andrade Gutierrez é estatal?”, observou o pedetista.

A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou ser contra a privatização da Petrobras e bancos públicos: “Não sou favorável às privatizações da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Agora acho que é possível que algumas empresas sejam privatizadas”, disse.

O senador Álvaro Dias (Podemos-PR) rechaçou privatizar a Petrobras e instituições financeiras controladas pelo governo, mas sugeriu vender subsidiárias da petrolífera. “Não cogitamos privatizar Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Petrobras. Esta é uma grande empresa, invejável, de reputação internacional. O que admitimos é a privatização no entorno, competição no entorno, nas subsidiárias”, declarou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez coro contra a privatização da Petrobras e do Banco do Brasil. “A Petrobras não precisa ter o monopólio. Pode continuar existindo, num tamanho menor.” Ele defendeu a privatização do sistema Eletrobras, mas fez ressalvas ao modelo proposto ao Congresso pelo governo Michel Temer.

Pré-candidata do PCdoB, a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila se manifestou contra a venda da participação pública nas empresas e acusou o governo de querer promover desmonte do Estado. Manuela ponderou que o Brasil vive um processo de desindustrialização “severo” e que não é possível repensar a retomada da atividade industrial entregando o controle das atividades energéticas a multinacionais. “Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Eletrobrás são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil e retomada do crescimento da economia. Privatização não é um debate moral, é um debate estratégico sobre o que o Brasil precisa ou não para se desenvolver como nação. Se a Petrobras é tão importante, temos que garantir que esteja imune a atos de corrupção.”

O presidente licenciado do Sebrae, Guilherme Afif Domingos (PSD), declarou que a Petrobras pode ser estatal, mas não ter o monopólio da exploração do petróleo. “Posso ter estatal sim, mas ela tem que estar em regime de mercado, não pode ter monopólio, nem oligopólio”, afirmou.

O pré-candidato do PSDB, ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, já defendeu a privatização total da Petrobras. Recentemente, porém, ele recuou da ideia.

 

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https://www.osul.com.br/a-maioria-dos-presidenciaveis-rejeita-privatizar-a-petrobras/ A maioria dos presidenciáveis rejeita privatizar a Petrobras 2018-06-07
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