Sábado, 08 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A maioria dos saques suspeitos de ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi feita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Compartilhe esta notícia:

Defesa de Fabrício Queiroz voltou a alegar "motivos de saúde". (Foto: Reprodução)

A maior parte dos saques efetuados pelo ex-policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz monitorados pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) foi feita em uma agência do Banco Itaú na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde um dos deputados é Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito. Fabrício era motorista do parlamentar.

Ao todo, segundo relatório do Coaf, na mesma unidade o ex-PM retirou R$ 159.983 reais ao longo de 36 operações em 2016, a maioria delas por meio de retiradas de até R$ 5 mil (que podem ser feitas diretamente no caixa eletrônico).

O segundo maior volume de saques (R$ 45 mil) se deu em outras duas agências também no Centro da capital fluminense. Em seguida, aparecem R$ 42,2 mil sacados em duas agências na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, bairro onde a família Bolsonaro tem residência em um condomínio fechado.

“A conta teria apresentado aparente fracionamento nos saques em espécie, cujos valores estão diluídos abaixo do limite diário. Foi considerado fator essencial para a comunicação pela possibilidade de ocultação de origem/destino dos portadores”, afirma o relatório do Coaf.

O órgão também chamou atenção para uma concentração de saques em espécie nos guichês de atendimento também com indícios de fracionamento devido valores diluídos abaixo do limite diário na mesma data em locais próximos. O relatório destaca dez transações “aparentemente fracionadas” que totalizaram R$ 49 mil na agência do Legislativo e outra na Rua da Assembleia, no Centro.

Dados

O relatório foi produzido no âmbito da Operação Furna da Onça, que levou à prisão dez deputados estaduais do Rio de Janeiro no dia 8 de novembro. Flávio, que foi eleito senador pelo Rio de Janeiro nas eleições de outubro, não é investigado pela operação. Entretanto, todos os servidores da Alerj tiveram suas contas analisadas pelo Coaf a pedido da Polícia Federal.

O Coaf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que atua na prevenção à lavagem de dinheiro, alertou o MPF (Ministério Público Federal) sobre uma movimentação suspeita de 1.236.838 reais na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro do ano passado. O montante foi considerado incompatível com o patrimônio e renda do ex-motorista. No documento, foram listadas as transferências de servidores que passaram em diferentes momentos pelo gabinete de Flávio.

As movimentações não representam nenhuma ilegalidade, mas o Coaf explica que elas são suspeitas por três razões: 1) “pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiários que não apresentam ligação com a atividade ou ramo de negócio da pessoa jurídica”; 2) “movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades possuem como característica a utilização de outros instrumentos de transferência de recursos, tais como cheques, cartões de débito ou crédito”; e 3) “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”.

Depoimento

Fabrício Queiroz ainda não se manifestou. Ele deve depor na semana que vem no MP (Ministério Público) do Rio de Janeiro, que investiga o caso. Na última sexta-feira, Flávio Bolsonaro disse ter conversado com o ex-motorista. “Ele me relatou uma história bastante plausível [para a origem do dinheiro] e me garantiu que não teria nenhuma ilegalidade nas suas movimentações”, afirmou.

Em nota, a assessoria do senador eleito ressalta que ele não é investigado. O texto afirma ainda que o deputado “segue à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades, se instado for” e “espera ver, dentro dos trâmites legais, a completa resolução do caso pelas autoridades competentes”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Um casal brasileiro foi condenado à prisão nos Estados Unidos por ajudar a sequestrar o neto americano
Links em mensagens no WhatsApp “envenenam” roteador de internet para roubar senhas bancárias
https://www.osul.com.br/a-maioria-dos-saques-suspeitos-de-ex-assessor-de-flavio-bolsonaro-foi-feita-na-assembleia-legislativa-do-rio-de-janeiro/ A maioria dos saques suspeitos de ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi feita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro 2018-12-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar