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Brasil A mulher espancada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, chama atenção pela beleza, a alegria e o gosto por atividades físicas e viagens em seu perfil nas redes sociais

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Elaine durante viagem a Búzios. (Foto: Reprodução)

Elaine Caparroz tem 55 anos. Nas fotos postadas em um de seus perfis na rede social, aparece sempre sorrindo. A beleza e a alegria chamam a atenção e arrancam elogios de quem por ali curte. Para os amigos e familiares, um exemplo de simpatia. Um retrato que em nada lembra o rosto desfigurado por golpes desferidos pelo estagiário de Direito Vinícius Batista Serra, de 27 anos, nas quatro horas em que ele a espancou violentamente, na madrugada de sábado, após um jantar a dois na casa dela, em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Na segunda-feira (18), amigos se solidarizaram com a dor de Elaine. São inúmeros os posts revoltados com a barbárie. “Oi amiga, que monstro esse cara. Graças a Deus pegaram ele na hora. Vai ter o que merece na cadeia”, disse uma amiga. “Doeu em mim. Só me fez lembrar do bom ser humano que você é e das ótimas risadas que demos juntos. Você vai sair dessa!!!! Mais forte do que nunca, como sempre foi”, ressaltou outro. Às mensagens de apoio após o triste episódio se misturam outras de felicitações pelo recente aniversário, completado no último dia 7.

As mensagens também expressam uma corrente de orações para a recuperação de Elaine, internada no Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido, com múltiplas fraturas na face e precisando de cirurgias reparadoras. Numa primeira avaliação médica, ela teve fraturas no maxilar, no globo ocular e no nariz, o que está atrapalhando sua respiração. Ela também teve os dentes quebrados e foi alvo de um golpe conhecido como mata-leão – o mesmo desferido por um segurança e que sufocou até a morte Pedro Henrique Gonzaga, no supermercado Extra.

Segundo relato da família de Elaine, ela conseguiu se livrar da asfixia mecânica por ter usado um dos braços (mordido pelo agressor) como proteção. Outra arma de Elaine foi o grito. Os pedidos de socorro chamaram a atenção de um vizinho, que interfonou para o zelador, que acionou a polícia. E assim a corrente culminou com a prisão em flagrante de Vinícius, que nos perfis das redes sociais se identifica como Vini Serra.

De acordo com a família, Elaine é uma pessoa querida por todos. Na juventude, quando ainda morava em São Paulo, ganhou concursos de beleza. A mudança para o Rio de Janeiro aconteceu após o nascimento do filho, Rayron Grace, em 2001, para que o menino ficasse mais próximo da família do pai, o lutador Ryan Grace, que foi encontrado morto dentro da cadeia em 2007. Ryan foi preso depois de ter um surto após ingerir remédios, sair pelas ruas de São Paulo, roubar um carro e tentar pegar também uma motocicleta, no que foi impedido por motoboys. O caso teve grande repercussão. Quando o pai morreu, Rayron tinha apenas 5 anos.

As fotos de Elaine revelam ainda gosto por viagens e atividades físicas. A família conta que ela treina em uma academia e faz aulas de dança. Os registros nas redes sociais também mostram uma relação bem próxima do filho, que vive nos Estados Unidos e está vindo para o Brasil após tomar conhecimento da tentativa de feminicídio contra a mãe.

Elaine mora num apartamento pequeno num condomínio na Barra da Tijuca, onde é preciso se identificar para entrar. Vinícius se apresentou ao porteiro como Felipe . Nas imagens exibidas domingo na TV, impressiona a quantidade de sangue espalhada em praticamente todos os cômodos — chão, paredes, cama, sofá, interruptor de luz… Prova de que foi cenário de um crime bárbaro. A família da vítima classifica as imagens presenciadas como “verdadeiras cenas de um trágico filme de terror”.

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