Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2020
Quem nunca teve o sonho de passar alguns dias no espaço? A Nasa anunciou nesta semana que escolheu a startup Axiom Space para construir um módulo comercial na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que funcionaria como um hotel.
Em declaração, a agência espacial norte-americana disse que o projeto é um passo importante para “promover o crescimento de uma economia robusta na órbita terrestre baixa”. Segundo Jim Bridenstine, da Nasa, “o trabalho da Axiom para criar um destino comercial no espaço é um passo crítico para que a Nasa atenda suas necessidades de longo prazo de treinamento de astronautas, pesquisa científica e demonstrações de tecnologia na órbita”.
O desenvolvimento de destinos comerciais na órbita baixa da Terra é um dos cinco elementos do plano de abrir a ISS a novas oportunidades comerciais e de marketing. Os outros pontos incluem esforços para disponibilizar recursos da estação e da tripulação para uso comercial e habilitar missões privadas de astronautas.
Para Kam Ghaffarian, presidente executivo da Axiom Space, essa é uma oportunidade para a sociedade entender como os astronautas vivem no dia a dia. “Nosso objetivo é avançar o conhecimento da humanidade”, afirma em nota.
Em 2018, a empresa se uniu ao designer Philippe Starck para pensar como deveriam ser os futuros hotéis da ISS. No projeto, as acomodações da tripulação são elegantes e cheias de conforto e luxo. Nelas, há telas interativas e uma vista privilegiada da Terra e do espaço.
A Axiom pretende lançar o primeiro módulo comercial na segunda metade do ano 2024.
Retorno à Lua
A Nasa tem enfrentado algumas dificuldades há alguns meses em conseguir apoio na Câmara para obter o financiamento necessário para retornar à Lua em 2024. Em 2019, o subcomitê responsável pela aprovação do orçamento para a política científica dos Estados Unidos disse que era melhor usar o cronograma original da Nasa, que previa o novo pouso na Lua apenas em 2028. Agora, um novo projeto de lei também tenta mudar a estratégia da agência espacial.
Embora o Programa Artemis tenha como objetivo levar humanos de volta à superfície lunar, ele também serve como “trampolim” para chegar até Marte – por isso o plano tem sido chamado de “Moon to Mars”. A Lua, bem como a estação espacial lunar Gateway, seriam pontos de partida para futuras missões rumo ao solo marciano. Mas a nova proposta quer reduzir a ênfase no pouso na Lua e até mesmo os planos para essa estação.
Apresentado em janeiro de 2020 pelo democrata Kendra Horn, presidente do Comitê de Ciências da Câmara, o projeto de lei H.R. 5666 estabelece que “o programa Moon to Mars terá o objetivo provisório de enviar uma missão tripulada para a superfície lunar até 2028 e o objetivo de enviar uma missão tripulada para orbitar Marte até 2033”.