Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2019
 
				A Agência Especial Americana (Nasa) enviará um robô móvel ao polo sul da Lua para obter uma visão aproximada da localização e concentração de gelo de água no satélite natural da Terra.
Do tamanho de um carrinho de golfe, o Volatiles Investigating Polar Exploration Rover, conhecido como VIPER (Sigla em inglês) , percorrerá vários quilômetros utilizando quatro instrumentos científicos – incluindo uma broca de 1 metro – para avaliar vários ambientes do solo luar. Planejado para ser enviado em dezembro de 2022, VIPER coletará cerca de 100 dias de dados que serão usados para informar os primeiros mapas globais de recursos hídricos da Lua.
Os cientistas consideravam os polos lunares como pontos promissores para encontrarem gelo – um recurso de valor direto para os seres humanos, de acordo com informações da Nasa
A inclinação da Lua já cria regiões permanentemente sombreadas, facilitando todo o processo. Como primeiro avanço, em 2009, um foguete da Nasa descobriu uma grande cratera perto do polo sul e detectou diretamente a presença de gelo na água.
Para desvendar os mistérios do polo sul da Lua, o veículo espacial americano coletará dados sobre diferentes tipos de ambientes do solo afetados pela luz e pela temperatura – aqueles em completa escuridão, luz ocasional e luz solar direta. Ao coletar dados sobre a quantidade de água e outros materiais em cada um, a Nasa pode mapear onde mais a água provavelmente se encontra.
O equipamento usará o Sistema Espectrômetro de Nêutrons, conhecido como NSS, para detectar áreas “úmidas” abaixo da superfície para investigações adicionais. O VIPER também irá parar e implantar uma broca para desenterrar estacas do solo de até um metro abaixo da superfície.
Ainda de acordo com informações da agência americana, essas amostras de perfuração serão analisadas por dois instrumentos especiais.
Dificuldades em Marte
Depois de fazer progressos nas últimas semanas escavando a superfície de Marte, a toupeira da sonda InSight da Nasa encontrou algumas dificuldades no trabalho.
Avaliações preliminares apontam condições incomuns do solo no Planeta Vermelho. A equipe da missão está desenvolvendo os próximos passos do projeto.
Uma concha na extremidade do braço da sonda foi usada nas últimas semanas para “prender” a toupeira contra a parede do buraco, fornecendo fricção necessária.
O movimento é o resultado de uma nova estratégia, alcançada após extensos testes na Terra, que descobriram que um solo inesperadamente forte está alterando o progresso da toupeira.
O próximo passo é determinar o quão seguro é mover o braço robótico para longe da toupeira para avaliar melhor a situação. A equipe continua analisando os dados e formulará um plano.
Enquanto isso, um sismômetro trabalha para fornecer uma melhor compreensão do interior de Marte e por que a Terra e o Planeta Vermelho são tão diferentes.