Notícias A oposição quer levar Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, ao Congresso Nacional para explicar acusação
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2015
Aoposição quer levar Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Lula, ao Congresso, para explicar a acusação de que teve despesas pessoais pagas pelo lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano. Conforme revelou o colunista Lauro Jardim, de O Globo, o intermediário afirmou, em delação premiada, ter feito pagamentos de 2 milhões de reais a Lulinha. O elo entre Baiano e o filho do ex-presidente Lula seria José Carlos Bunlai, pecuarista amigo do ex-mandatário.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) apresentará um requerimento, pedindo a convocação de Lulinha para depor na CPI da Petrobras. Na opinião do parlamentar, os pagamentos de Baiano, apontado como operador, ao filho do ex-governante, mostraram que o PT participou da divisão de propina mesmo nas diretorias que não comandavam na estatal. “O esquema todo foi montado, acomodando alguma coisa para a bancada A ou B e o PT. Então, a turma que estava no poder ficava sempre com uma parte. Eu esperava com muita expectativa a delação de Baiano, porque ele revelaria todas as relações da diretoria Internacional da Petrobras, que era partilhada por petistas e peemedebistas”, declarou Onyx.
Cristiano Zanin Martins, advogado de Lulinha, respondeu, afirmando que seu cliente jamais recebeu qualquer valor do delator mencionado. Mas, para os líderes da oposição, a revelação poderá levar o ex-presidente ao centro das investigações da Operação Lava-Jato. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que a informação é fato novo e grave que merece uma investigação profunda e aberta. “Só assim poderemos acelerar a prisão do cabeça de todo o esquema do petrolão”, observou o político. Caiado acrescentou que a partir da comprovação da ligação entre um dos lobistas do cartel de propinas da Petrobras com o filho do ex-mandatário, qualquer linha de defesa de Lula estará inutilizada.
Para o PMDB, a denúncia contra Lulinha dará trégua ao líder da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na opinião de alguns políticos da sigla, é preciso que PT e PCdoB, que cobram a saída de Cunha, entendam que acusados têm direito à dúvida, inclusive o filho de Lula. (AG)
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