Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2020
A OMS (Organização Mundial da Saúde) está ajudando o Brasil a adquirir milhões de testes PCR para detecção do novo coronavírus, disse o principal especialista em emergências da entidade, Mike Ryan, acrescentando que os testes devem chegar ao país na próxima semana.
Em um briefing a respeito da pandemia, Ryan afirmou também que a OMS não tem certeza sobre se a presença de anticorpos no sangue fornece proteção total contra a reinfecção pelo coronavírus.
O especialista disse que mesmo que os anticorpos sejam eficazes, há poucos sinais de que um grande número de pessoas os tenha desenvolvido e de que haja o início da chamada “imunidade de grupo” para uma parcela mais ampla da população.
“Muitas informações preliminares chegando a nós neste momento sugerem que uma porcentagem muito pequena da população tenha soroconvertido (para produzir anticorpos)”, afirmou Ryan.
“(Em relação à) expectativa de que a maior parte da sociedade possa desenvolver os anticorpos, as evidências gerais apontam contra isso, então isso pode não solucionar o problema dos governos”, acrescentou.
Casos no mundo
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que o número de casos de Covid-19 reportados à entidade chegou a 2 milhões. Mais de 135 mil pessoas morreram por causa da doença, que é causada pelo novo coronavírus.
Tedros destacou que, na última semana, a África viu um aumento de 51% no número de casos, e de 60% no número de mortes.
O diretor-geral também anunciou que o fundo solidário de resposta à Covid-19 já arrecadou mais de US$ 150 milhões.
“Esses fundos estão nos ajudando a comprar equipamento equipamentos de proteção individual, testes diagnósticos e outros insumos essenciais para países que mais necessitam”, disse Tedros.
Ele também foi questionado sobre a saída do agora ex-ministro de Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.
“É essencial que não só o Brasil, mas todos os governos, tomem decisões baseadas em evidências e tenha uma resposta do governo inteiro e da sociedade inteira à pandemia”, disse, em seu lugar, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan. “Todos temos o dever de proteger nossas populações mais vulneráveis”.