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Mundo A Organização para a Libertação da Palestina pediu a países árabes que suspendam as relações com a Guatemala e o Paraguai

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Gaza durante inauguração da embaixada americana em Jerusalém; mais de 50 palestinos foram mortos. (Foto: Reprodução)

O assessor do presidente da Autoridade Palestina para Assuntos Exteriores, Nabil Shaath, pediu aos países árabes, reunidos em uma cúpula ministerial da Liga Árabe no Cairo, que interrompam suas relações com a Guatemala, o Paraguai e outros países que transferirem suas embaixadas para Jerusalém.

Em entrevista à emissora Voz da Palestina, Shaath disse que entende que os países árabes não possam fechar suas embaixadas em Washington ou expulsar os embaixadores americanos por causa da grande influência que os Estados Unidos têm na sua economia e nas relações militares e petrolíferas.

Ele insistiu, porém, que é preciso “haver uma firme posição a respeito da Guatemala, que transferiu sua embaixada” de Tel Aviv para Jerusalém, e do Paraguai, “que ameaça” fazer o mesmo.

Shaath apontou para a necessidade de tomar decisões o mais rápido possível para pôr em prática “uma guerra política, econômica e diplomática contra qualquer nação que transfira sua embaixada para Jerusalém”.

Ele disse ainda que os países árabes podem enfrentar economicamente a Guatemala, interrompendo, por exemplo, a importação de cardamomo, especiaria da qual são os maiores consumidores. “A liderança palestina está comprometida em todos as frentes para responder aos ataques israelenses à nossa terra e à nossa existência”, afirmou Shaath.

Na quarta-feira (16), foi inaugurada a Embaixada da Guatemala em Jerusalém, com a presença do presidente guatemalteco, Jimmy Morales, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Dois dias antes, os Estados Unidos inauguraram sua sede diplomática em Jerusalém.

O secretário-geral da OLP (Organização para a Libertação Palestina) e chefe negociador, Saeb Erekat, também foi duro ao se referir à Guatemala e ao presidente Jimmy Morales. “O presidente da Guatemala orgulha-se de deixar claro que seu governo viola as obrigações internacionais da mesma forma que apoia as violações israelenses contra o povo palestino”, ao qual insultou ao apoiar “as políticas de colonização e deslocamento forçado de população” palestina, disse, em nota, Erekat.

“A Palestina lida com este ato de forma muito séria” e discutirá o tema na Liga Árabe e na próxima conferência extraordinária da Organização da Conferência Islâmica, que se reúne amanhã em Istambul, advertiu o secretário-geral da OLP.

Decisão polêmica

A polêmica decisão dos EUA acabou com o consenso internacional de manutenção das embaixadas fora de Jerusalém, uma consequência da disputa sobre o status da Cidade Sagrada e o conflito israelense-palestino.

No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.

Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado.

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