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Colunistas A origem das Festas Juninas no Brasil e no mundo

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

As festas juninas tem sua origem na Europa antiga, com os povos considerados pagãos, durante o “solstício de verão”, momento em que ocorre a passagem da primavera para o verão, no hemisfério norte, que acontece no mês de junho.

As comunidades produtoras de cereais, entre outros produtos, realizavam suas celebrações com a intenção de afastar os maus espíritos e pragas que pudessem atingir as lavouras e as colheitas, também para comemorar a boa safra e a fertilidade da terra. Rendiam homenagens e agradecimentos aos seus deuses e santos protetores, conforme a cultura de cada lugar.

Cada país ou região realizava suas festas e comemorações conforme suas tradições, hábitos, costumes, gastronomia, crenças e religiosidade. Decoravam as casas, as praças, os galpões e usavam suas roupas simples e típicas, do dia a dia, também chegavam ao local das festas de carroças, carretas e cavalos, conforme estavam acostumados, a alimentação e bebidas eram variadas, conforme a produção de cada localidade.

Aqui no Brasil a Igreja Católica não perdeu tempo e logo incorporou essas festas em sua cultura religiosa e não teve muita dificuldade para isso, pois durante a colonização portuguesa, os povos originários e depois os africanos, facilmente adaptaram-se a essas formas de comemorações e agradecimentos às divindades, pois seus rituais e formas de agradecer eram semelhantes aos dos povos europeus.

Assim, esse período passou a ser marcante para as comemorações e cultura religiosa da igreja católica, que passou a usar essas datas e cerimônias para reverenciar alguns de seus santos mais populares, com a intenção de atrair um número maior de simpatizantes e fiéis, em destaque, estão três deles, que são homenageados no mês de junho: dia 13 de junho a festa é para Santo Antônio (santo casamenteiro), dia 24 de junho para São João e dia 29 de junho, para São Pedro.

Como citado anteriormente, cada povo ou civilização realizava suas festas conforme a sua cultura, portanto, quando realizamos nossas festas juninas aqui no Rio Grande do Sul, no formato caipira, estamos copiando a cultura da região nordeste do Brasil.

Sabemos que aqui no Rio Grande do Sul, temos uma cultura própria e muito respeitada em todo o país, portanto não precisamos “copiar” festas juninas de outros lugares, fazemos isso apenas porque os meios de comunicação, televisão e a mídia em geral, nos “bombardeia” com reportagens e imagens das festas juninas do Nordeste, que realmente são maravilhosas e transmitem muito da cultura brasileira.

A mídia tem um grande poder sobre as movimentações culturais da sociedade que, muitas vezes, carece de maior informação e conhecimento, logo, incentivados pela avalanche de informações e imagens que recebemos todos os dias, acabamos por “atropelar” a nossa própria cultura.

Fica a reflexão!

Ainda sonho que um dia, aqui no nosso amado Rio Grande do Sul, venhamos a comemorar as festas juninas conforme as nossas tradições, porque de tradições, o povo gaúcho entende muito!

Enquanto isso, divirtam-se sem limitações, porque festa junina, de um jeito ou de outro, é cultura brasileira e é tudo de bom!
Um abençoado” junho junino” a todos!

 Prof. Luís Eduardo Souza Fraga – Historiador e Escritor – fragaluiseduardo@gmail.com

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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